Simplicíssimo

À palo seco

De repente, ela constatou que atravessara muitos dezembros sozinha e cansara de viver a gostos. Meneou a cabeça e disse não.

Ele, aos pigarros, recompunha-se. (engraçado, ela parecia outra pessoa sem avental).

– Cadê esse almoço? Panela no chão. Pra quê a mala? Ela passa batom? – Que roupa é essa? Ela prende uma rosa no cabelo.

“De tudo ao meu amor serei atento”… – Verso pra quê? Porta a fora. – Cadê essa janta? Silêncios.

À meia-luz, sob uma lua em forma de D maiúsculo, ela vestiu-se de poemas e encantou-se pela vida, toda prosa.

Lilly Falcão

Comente!

Deixe uma resposta

Últimos posts

Siga-nos!

Não tenha vergonha, entre em contato! Nós amamos conhecer pessoas interessantes e fazer novos amigos!

Últimos Posts