Aos gremistas de memória curta vou buscar algumas lembranças de tempos atrás. O presidente Paulo Odone merece todo o respeito do torcedor. Assumiu o time quando todos fugiram ao cair para a segunda divisão. Profissionalizou o departamento de futebol e voltou a formar jogadores e colocar dinheiro nos cofres do clube. Conseguiu uma heróica volta à Série A e manteve o time entre os primeiros nos anos seguintes.
No entanto, há uma relação de amor acima de tudo que tenta transformar o Grêmio. Não consegui acreditar que o Grêmio pós-segunda divisão dispensou jogadores como Sandro Goiano e Pereira, heróis da B, como se não fossem mais jogar futebol. Sinalizou claramente, para mim, que ninguém pode ser maior que o Grêmio, mas também deixou claro que o time não quer formar e manter ídolos capazes de mobilizar a torcida e ter uma imagem associado ao clube e vice-versa. Esse tipo de imagem, geralmente, é usada para o departamento de marketing vender produtos e amealhar sócios.
A vinda de Renato, no ano passado, trouxe uma esperança ao torcedor que novamente via o inferno do rebaixamento pairar sobre o clube. Além disso, transformou o treinador numa peça de marketing que aumentou o número de sócios e vendeu muitos produtos para o tricolor gaúcho. Sua campanha vitoriosa, classificando o time para a Libertadores de 2011 adiou os planos de Odone que não desejava contar com Renato a frente da equipe. Não teve forças para demiti-lo e afrontar a torcida.
Agora com um início de campeonato irregular o técnico é demitido antes que possa contar com todos os reforços e atletas recuperados? Além desse ponto, que fará qualquer treinador obter um melhor resultado, tem o fator: o Grêmio é maior! Ou seja, não pode ter um atleta ídolo trabalhando no clube. A questão que paira no ar é:
– Será Grêmio maior ou Odone MAIOR?
Vou aguardar e descobrir.
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