Se os dias são rápidos, nossos momentos o são ainda mais. Aproveitar cada um deles é o que nos torna capazes de dizer que somos humanos. Máquinas não consomem, não pensam, não arriscam, jamais questionariam seus direitos e deveres.
O mundo caminha com o andar lento das pernas humanas, tropeçando em obstáculos por nós mesmos colocados. Removê-los, por vezes, torna-se desnecessário visto que, ao saltar esse, não o teremos novamente pela frente. Que o enfrente o próximo que vier atrás que, por conseguinte, o deixará para o próximo e assim sucessivamente.
Mas o que aconteceria se alguém parasse e tentasse remover esse obstáculo, desobstruir totalmente a passagem? Me arrisco a dizer que seria provavelmente jogado para fora do caminho. Perderia, por sua opção, algum tempo na remoção do mesmo e os demais, que vem no turbilhão do movimento em frente, o alcançariam e reclamariam pela perda de tempo, até o momento que alguém mais exaltado empurraria essa pessoa, que está trancando o caminho, para fora, o colocando longe daquilo que para a maioria é perfeito. Que continue como está, então!
Alguns até pensariam que se tivessem ajudado, poderiam remover para sempre o obstáculo, tornar o caminho mais agradável e a conseqüente passagem bem menos dispendiosa de força. Mas seriam convencidos pelas atitudes expressas e explícitas que marcariam simplesmente o que é certo e o que é errado.
Opções sempre existem. Cabe a cada um escolher o que quer seguir, aonde quer chegar e de que forma. Se pelo caminho mais difícil, mais tortuoso e acidentado, contando apenas com suas próprias forças, ou se pelo caminho mais limpo, sereno e acidentado também, mas com muita cooperação coletiva na remoção dos obstáculos e tortuosidades que se apresentarem.
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