Simplicíssimo

Cazuza e o radicalismo

 

Cazuza, um idiota morto?

    Recebi hoje um e-mail com o assunto acima. Nunca fui fã do Cazuza, mas admiro sua produção artística. Seus versos diretos e intrinsecamente interligados com o cotidiano são capazes de tocar a qualquer um que leia ou escute suas músicas. Esse tipo de poesia é capaz de inundar uma vida seca ou lavar o charco onde outros estão incrustados.
 
    Esse acontecimento me fez lembrar uma frase de um professor idiota da faculdade, defendendo os inúmeros trabalhos e pesquisas que solicitava para nós, seus alunos: "Quantas horas vocês acham que Leonardo Da Vinci dormia por noite?"
    Ele mesmo respondeu, logo em seguida: "Duas… No máximo, duas! Por isso produziu tantas maravilhas para sua época."
    Eu não pude me conter, ergui a mão e perguntei quando autorizado: "Com quantos anos ele morreu, professor?"
    Como ele não soube, respondi: "Com trinta, se tivesse dormido de 6 a 8 horas poderia ter morrido com 60 anos e produzido muito mais."
 
    A vida cobra um preço alto para alguém como Cazuza. Ele foi um dos maiores compositores deste país, mas viveu rápido demais e a vida cobrou aquilo que seus pais não souberam ou não quiseram cobrar. Deixou sua obra poética para ser apreciada por todos e seus erros e desmandos para servir de exemplo. Cabe a cada um discernir como usará esse aprendizado.
 
    Todo radicalismo é ruim! Quer seja contra, quer seja a favor de qualquer coisa.
 

Mauro Rodrigues

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