O melhor time de futebol do mundo é o Brasil. Ninguém tem dúvida disso, nem os argentinos. Mesmo assim, eles sabem que podem ganhar da Seleção brasileira. Basta um pouco mais de empenho e determinação. Isso falta ao Brasil. Nossa seleção preza muito pela qualidade e pouco pela quantidade. Um equilíbrio entre estas qualidades seria melhor.
É difícil trazer vários jogadores desconhecidos entre si, que jogam em gramados de vídeo game na Europa, e formar uma equipe competitiva. É quase impossível transformar a forma de jogar europeia em sulamericana em menos de 30 dias. Os países que enfrentam o Brasil sabem disso e tiram proveito. Seus jogadores, muitas vezes, não conseguem adaptar-se ao padrão europeu de jogo e permanecem com a força e determinação que os levaram para lá. Assim, tiram proveito contra o Brasil.
Se tivéssemos escalado uma Seleção abrasileirada para esta Copa América teríamos tido mais sucesso. Jogos duros seriam encarados como tal – duros! Seria pouco audiência, mas muita determinação em campo. Quem, dos atuais jogadores brasileiros, joga em campo esburacado? Somente uns poucos que ainda estão no Brasil.
Veja que Thiago Silva, melhor jogador da Itália, foi medíocre nos buracos. Lucas, nem sabia colocar-se como primeiro volante pois não atua mais nessa função na Europa. Pato, joga como atacante isolado e não sabe cair pelos lados do campo. Robinho, ainda é o líder dentro e fora do campo. Respeitado por todos, deveria ser capitão do time. Neymar tem que aprender a ficar de pé para depois enfrentar jogadores sulamericanos de igual para igual.
Enfim, creio que não faltou talento. Na verdade, sobrou. Se tivesse menos talento, com alguns atletas brasileiros que jogam num sistema de jogo parecido com o do técnico Mano Menezes e estão acostumados com os buracos, o resultado teria sido diferente. Mesmo assim, saliento que o caminho está traçado e o aviso dado: se não tivermos excelentes gramados na Copa de 2014 corremos o risco de outro Maracanazo como o de 1950.
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