Simplicíssimo

Muito Bom Dia

MUITO BOM DIA!

Sentado, no ônibus (sentado! Por mais incrível que possa parecer), fico olhando a cidade passar rapidamente, sem prestar muita atenção. Nem sei por onde andam os pensamentos…

Chegamos ao terminal em que vou descer e trocar de linha.

O motorista levanta-se:

Este carro vai recolher. Um bom feriado a todos e até segunda-feira.

Mais coisas em minha cabeça.

Já no ônibus da linha seguinte (agora de pé. A fortuna não costuma ser muito generosa comigo), fico pensando nas palavras daquele motorista, lá no terminal.

Quem será ele? Qual será sua história? Por que será que disse aquilo? Será que ele sempre faz assim? — Pergunta um dos meus eus.

Calma, calma, calma! Uma pergunta de cada vez protesta o outro.

Na verdade essas são perguntas menores, eu acho. O mais interessante agora é o porquê disso.

Do que ele disse?

Não. O porquê de eu ainda estar pensando nisso.

Como assim?

Oras. Por acaso não é assim que deveria ser sempre, em todo lugar, entre todas as pessoas? Quer dizer: por que a cordialidade virou algo tão exótico que chama a atenção?

Talvez porque a dureza do dia-a-dia e as pressões em torno do tempo e por todo tipo de resultados foi fazendo com que as pessoas ficassem mais frias e deixassem de lado essas coisas.

Desempenho, desempenho e desempenho…

É bem por aí concorda ele.

O pior é ver que isso já não causa mais estranheza pra ninguém.

A grosseria é a regra, os bons tratos são as excessões.

Tanto é, que até agora você está pensando naquele cara, né?

No que ele disse, no que ele disse.

É verdade.

Ser afável é coisa de mulher. Aliás, de mulher não; é coisa de viadinho, porque nem mulher mais pode perder tempo com essas frescuras.

É verdade… é verdade concordo.

Leandro Laube

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