Simplicíssimo

A Ortolândia do Sul

Não, não é propaganda de clínica de osso. O gaúcho sempre gostou de dizer que é diferente do resto do país. Fala-se que o gaúcho é mais politizado, mais ético, mais correto. Sempre desconfiei desse tipo de comentário, ouvido à exaustão, em tantas plagas do meu Rio Grande do Sul. Há um calhamaço de jornalistas, comentaristas, charutos e assemelhados que espalham essas coisas por aí.

As idéias criam pernas, depois asas. O rádio, o jornal e a internet, mui facilmente modulam os neurotransmissores da galerinha. As idéias simplesmente se apoderam do núcleo celular de nossos neurônios e pá! Tem piá de guampa torta capaz de dar a vida por isso.

Buenas, ficou essa idéia de sermos mais certinhos que o resto do país. Assim me haviam contado. E há esse tal de "déficit estrutural", essa pobreza econômica atribuída ao estado gaúcho, que eu não consigo aceitar. O Rio Grande do Sul não é pobre. Essa pobreza é artificial, é fabricada. Por quem? Por quem rouba, ora bolas. Estive, uns tempos atrás, escrevendo sobre isso. Os nossos próceres roubam sistematicamente o dinheiro do contribuinte. Roubar em si não seria causa suficente, já que acontece por todo o planeta, até na Finlândia. O problema é o quanto se rouba. Se a corrupção é muito gulosa, e engole uma fatia muito grande do PIB, então PUM! Lá vem a tal da pobreza, lá vem o déficit estrutural. É isso que acontece conosco.

Acho importante parararmos de ficar pensando que somos "a última bolachinha do pacote", porque do contrário, não vai sobrar nem uns pilas furados pra comprar um pacotinho de biscoitinho recheado. Vamo acordá, galera! O Rio Grande do Sul tá cheio de ladrão!
Não precisa aumentar imposto pra ter dinheiro nos cofres públicos, basta que nossos líderes se sentem para ter uma conversa sincera sobre como compromenter menos dos nossos impostos com corrupção. Aí vai sobrar dinheiro para saúde, educação, estradas, etc, etc, e muito mais etc.
Talvez parte dessa "conversa" já esteja em andamento. Refiro-me às elogiáveis ações de nossa Polícia Federal. Eu vinha invejando as operações nacionais da PF, e pensando que seria bom ver isso por aqui. Bah, e não é que veio? Descobrimos selos da Assembléia Legislativa enterrados no quintal da casa da praia de um tal Macaleão, Macaleôncio, Tião-qualquer-coisa. Depois, veio o leite. Agora, temos A CGTEE, com seus avais fraudulentos. (Eu disse avais fraudulentos, e não anais flatulentos, mas bem que cheira mal esse entrevero, me cheira a fiação queimada).

Ah, já ia esquecendo do nosso DETRAN, que tinha um bonito esquema de nos fazer tirar a carteira de habilitação mais cara do país, bem como um espetacular índice de reprovação nas provas para condutor de veículos A, B, C, D, E, Trans, Cis, et caterva. Tinha não, ainda tem, porque até agora só prenderam laranja. Aliás, meu grande medo é que aconteça o mesmo que aconteceu em Brasília: laranjada com pizza. Nenhum peixão preso no aquário. Só lanbari. Só lambari. Talvez tudo só esteja servindo para mudar o dono da "boca". Sei lá.

Tchê, tô me aventurando pelo mundo mágico do Linux. Tem suas complicações, mas me deixou esperançoso de um dia mandar a Microsoft para o espaço. O ponto forte é que agora consigo assistir DVD região 1 no desktop (tenho um Barbeiro de Sevilha que o Bill Gates não toca nem pagando). Dia desses eu conto mais.
Tchau, vou comer uma fatia de pão torrado.

Abraços,
Luiz Eduardo

Luiz Eduardo Ulrich

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