Simplicíssimo

E no Japão dos temp(l)os…

Vejam isto: a garotinha de quimono, com celular, caminhando em frente a um templo xintoísta. Um templo, por sua vez, situado ao lado de uma das centenas de casas de diversões existentes em Tóquio (as famosas casas de pachinkos)… (?)… E aquela outra adolescente? Também de quimono… e usando botas!… (sem mencionar os cabelos verdes!)…

Ah, Japão: país atemporal…

Basta observar com calma e o inesperado saltará em frente a teus olhos, confundindo-te.

Um país interessante, realmente.

De um puritanismo pornográfico (sim, aqui toda contradição é possível) onde cenas eróticas de filmes são ocultadas por tarjas pretas, ao mesmo tempo em que as revistas infantis são carregadas de imagens, digamos, picantes…

Onde há restaurantes em que as trabalhadoras têm o dever de chamar os clientes de goshujinsama (em uma tradução aproximada: “Senhor, faça de mim o que queira”).

Onde não se pode falar, tecnicamente, que haja racismo, ainda que casamentos inter-raciais sejam menos que cinco por cento.

Onde templos de mil anos possuem portas eletrônicas, e monges budistas cortam as ruas em cima de hondas de última geração…

E onde estar sem teto, algumas vezes, é opção do desabrigado (a vergonha do desemprego, preferindo as ruas à família)…

Nihon. Um país enraizado e em transformação…

Uma experiência que se pode às vezes amar, às vezes odiar…

… Jamais esquecer.

Edweine Loureiro

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