Caso 1: “Desculpe, mas não estamos contratando ninguém este ano…”
Caso 2: “Não podemos aceitá-lo. Estamos buscando pessoas de 25 a 30 anos, com no mínimo cinco anos de experiência no mercado…”
Caso 3: “Preferimos japoneses…”
Caso 4: “Estrangeiro? Somente se for Inglês ou Americano…”
Caso 5: “Preferimos japoneses de 25 a 30 anos, com no mínimo cinco anos de experiência no mercado, e que falem fluentemente o inglês…”
É, amigos leitores, acreditem: a Crise Econômica chegou ao Japão. E não se enganem pois ela não é uma estrangeira recém-chegada, que passou somente há poucos minutos pela Imigração. Não. Ela, na verdade, já está por aqui desde 1992, quando veio ao país para o velório de seu irmão – o Progresso –, vitimado pela cirrose. Ela veio, gostou do clima e resolveu ficar. Além do quê, não veio sozinha. Trouxe com ela um casal de primos: Desemprego e Inflação. Estes dois, com o passar dos anos, viriam a tornar-se conhecidíssimos nos círculos sociais de Tóquio, menos pelas festas de arromba do que pelos problemas com a polícia.
Mas, apesar dos contratempos, podia-se dizer que Crise Econômica tinha sua permanência tolerada em terras nipônicas. Até que, no início de 2008, veio o escândalo: ela, até então bem casada com o FMI (a quem sustentava!), tinha um amante Americano que, enciumado, resolvera botar a boca no trombone: o Subprime Loan. E agora, depois de muita violência doméstica, o FMI está finalmente indo aos tribunais, para dar entrada em uma ação de divórcio – um processo que, pelo visto, será longo…
Assim, ao que parece, em 2009 a Crise Econômica vai continuar por aqui; mesmo contra a vontade de seu sogro, o Governo Japonês, que já requereu, sem sucesso, a expulsão da malfadada nora…
Ah, quanto aos primos? Dizem que escaparam na surdina, com as malas cheias de dinheiro; e que hoje faturam alto como investidores em Wall Street…
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