Simplicíssimo

Barquinho de Papel

 

 

 

No vazio,
do mesmo lado,
atrasado?
em tempo?
Só, a esperar.
Dias, semanas, mês.
Aguas correntes,
de sorrisos diferentes.
Uma cadeira vazia,
tão triste, tão tímida.
A lembrança forte
que insiste no desejo:
Acelerem os dias
por favor!
Ou quem sabe os segundos.
Tremendo silêncio
das batidas descompassadas
que agora são discretas.
Um rio, um lago ou um mar?
Quanto e o que?
Nesse tempo passará?
Mistérios e mais mistérios,
como um barquinho de papel,
no meio da imensidão,
a velejar.

Frank Santos

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