Simplicíssimo

Puro Porre

São Paulo, 18 de abril de 2006.


PURO PORRE…


Promessa semanal. Compromisso assumido, verbal, oral, ou virtualmente, igual valor, formal, registrado no cartório de minha consciência (o mais cruel). Pois tenho que escrever. E não quero escrever. Não quero porque tem tanta coisa pipocando, que a gente sabe que está errada, e também sabe que não pode fazer nada, e perde então a vontade de falar sobre elas.

É importante falar sobre política, podre sempre, sobre a imprensa direcionada e bem mal intencionada, sobre o baixo ou nulo poder de percepção popular, sobre o juiz ladrão que roubou meu time mais um pouco, sobre meu colega de trabalho que só quer me ferrar, sobre tanta, mas tanta coisa chata, que não quero falar, pronto.

Falarei sobre coisas boas… Bem, vejamos. Frio, pessoas com muita roupa, vontade de ficar mais um pouco (ou muito) na cama pela manhã, muito cobertor, muita preguiça, muito mau humor. Ok, deixa pra lá. O Rio de Janeiro continua lindo, e perigoso, como São Paulo, Vitória, Porto Alegre, Fortaleza, Salvador, peraí, o país todo…

Vamos falar sobre minha cidade. Já faz um mês que mudamos de prefeito, e eu não sei o nome do atual. Deixa pra lá… Sobre meu Estado. Desisto, também não sei o nome do governador. Sinceramente, nem quero saber, tudo será como antes pensávamos que poderia ser, mas ainda não foi porque alguma coisa desviou no caminho. Será que fomos nós? Se não, quem foi?

Tudo bem, deixa pra lá. Não quero votar este ano, mas serei obrigado, ainda, até nunca mais, até enquanto interessar, ou seja, pra sempre… Temos uma boa gama de candidatos, que renovarão toda a política, tudo mudará, seremos finalmente felizes, sem fazer nada, pois nada precisa ser feito. Sabe como é a merda, se mecher, fede mais…

Vamos falar de religião… Hum, bem, quer dizer… Não tenho religião por pura preguiça, ou infinitos motivos que deixariam este texto bem mais insuportável do que já está… Li um artigo sobre o senhor Inri Cristo e me interessei. Se é pra acreditar em alguém, vou pela aparência, ele parece o verdadeiro. Mas, será mesmo que uma pessoa que nasceu no oriente médio, região desértica, filho de árabes, seria realmente loiro de olhos azuis? Teria mesmo sua mãe dado à luz imaculada (como se sexo fosse uma mácula, uma mancha, um pecado…), enfim, esse deus é muito rigoroso, muito vingativo, e meio cínico também. Sou ateu a ele. Acredito no meu, pronto.

Bom, não sobrou muita coisa, se é que tem alguma coisa. Hoje estou meio de porre, ou simplesmente não tenho inspiração suficiente (ou nunca tive). Desculpem, vou tentar melhorar nas próximas, mas pode não dar certo…


Abração.

Marcos Claudino

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