Simplicíssimo

(S)ogras e (s)ogros

Violentos Haikais 45/X

Desperdício de tempo
para achar os culpados
basta amaldiçoar os danados

Faroeste 32/X

não chores amor
o mundo é de quem luta
e labuta

 

(S)ogras e (s)ogros

 

A Fátima era uma menina muito inteligente, prendada. Muito bonita também. Fazia de tudo para arranjar um namorado. Isto mesmo, usava todas as artimanhas que você pode imaginar. Das mais puras até as mais safadas. Tudo com um só pensamento, de arranjar um bom marido e ser feliz para o resto da sua existência na terra.

 

O problema eram seus pais. Todos os seus pretendentes tinham medo deles. Um era chato para burro. O outro gritava ser parar. Bastava um breve encontro para a bondosa, caridosa Fátima perder seu pretendente. Ninguém é de ferro, mas depois de levar qüinquagésimo sétimo rapaz em casa, ela resolveu ir morar sozinha…

 

Cláudia tinha seus dotes, bonita e rica, era a atração de todas as festas que freqüentava. – Esta é a nora que minha mãe sempre pediu, diziam os meninos. Todos amavam Cláudia e ela não amava ninguém.

 

Claro, não podia levar ninguém para casa, pois seu pai era ciumento para chuchu e sua mãe zelosa demais. O pai não saia da sala e sua mãe, depois de descobrir qualquer envolvimento da filha passava três horas fazendo recomendações antes de ela sair.

 

José era um cara legal, bem apessoado, simpático e feliz. Tinha vários namoricos, porém nada demais. Tentava de tudo, com loiras, morenas e ruivas, todas elas apaixonadas.
A amor era lindo, lindo demais. Tudo que ele queria era que fosse eterno.

 

Tinha um pequeno probleminha, jamais poderia levar elas na sua casa, seu pai bebia e sua mãe também. Não tinha sossego nunca, de manhã até a noite. Passavam dia e noite mamando e vomitando.

 

Mateus e Letícia eram dois irmãos gêmeos, ambos lindos, simpáticos, ricos e famosos. Todos os cobiçavam e não era para menos. Realmente eram bons partidos. Um amava esportes, o outro literatura, não necessariamente nesta ordem. Mateus namorava Sandra e Letícia, o Renato.

 

Tudo uma maravilha, os pais deles amavam os namorados dos filhos. Seu Daniel, poderoso e interaço e dona Cecília, coroa enxuta e bem disposta.

Tinham tanta afinidade com a nora e o genro, que se separaram e casaram com eles…

 

De ré na contramão e seu (s)ogro!

Pedro Armando Furtado Volkmann

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