Simplicíssimo

Só eu e a lua… na rua.

Outro dia, ou melhor, noite, sem conseguir dormir, fui dar uma olhada na rua. Na deserta rua. Olhei pra lua e ela me olhou com meia cara. Não sei se era crescente… minguante…  (nunca consegui definir). Sei que havia pouca iluminação. Um silêncio de arrepiar imperava. Parecia que todas as pessoas dormiam e só eu naquele silêncio total. Eu parecia ser o dono da noite. Só eu e a lua com aquele sorriso amarelado pra mim. Resolvi dar uma volta pelo quarteirão… um gato vira-lata cismou de me pregar um susto esbarrando numa lata, acho que de cerveja que estava no cesto de lixo. Com o susto e a raiva que fiquei dei outro tremendo susto nele. Aí foi a vez de ele correr. Parecia um foguete de tanto que correu, deixando para trás as suas cores cinza e branco, daqueles de desenho animado. Sumiu o coitado. Andando a esmo resolvi voltar pra casa. Talvez agora o sono voltasse. Abri o portão e, antes que entrasse, dei mais uma olhada para lua. Ali estava ela com aquela cara torta de sorriso amarelo olhando pra mim. Dei um boa noite pra ela sorrindo amarelo também e entrei. Dali a minutos o sono enfim chegou.

 

Afonso José Santana

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