Simplicíssimo

Dias Coloridos

Dias coloridos. Cheios de ar puro. E imagine só, aquele calor de matar e de rachar a pele de qualquer branquelo.
De tão trágico chega a ser cômico.
Preto e branco faz os dias contrastarem e parecerem mais coloridos. Cheios de um arco iris que não precisa de chuva.
É como se…Tudo aquilo lá do outro lado do morro sumisse.
Estranhas coisas. Entranhas mais que estranhas. Estranho? Este não existe mais, na verdade, parece até ficção, todo mundo dizia que é coisa de filme, mas em algum ponto do mundo ou dos mundos, existe de verdade.
Nem precisava ter acreditado mesmo. Eu nem ia dar bola se tu acreditasse. Essa é a voz da minha cabeça enquanto tu me chama de louca. E vai lá, joga a pedra na Geni que tu ganhas mais.
Escreve um livro ou vai viajar o mundo de bicicleta e leva um diário contigo, no fim dá no mesmo, porque acaba virando livro na volta.
Dias coloridos e cheios de cores meio a meio e ofuscantes.
Coisas esperam que desta forma não fiquem só saindo da minha cabeça.
São proporcionais á medida que deixamos as outras coisas, as ruins pra trás.
Eu posso ter pegado o bonde andando, mas eles certamente que pegaram o errado.
O bonde mais confuso, feito o coelho branco de Alice.
Não fala nada, que a Alice tb queria dias coloridos e ofuscantes.
O fusca. O fusca antes…O fuscantes.
Que beleza. E que calor, e minha pele queimando feito aquela tainha lá no fundo.
Eu tenho vontade de comer frutos do mar, ou mesmo a tainha. Quando agente come coisas gostosas e com fome, parece que…Tudo se torna mais colorido.
É a vontade involuntária de saciar-se.
E vai dizer que não é bom.
Beba-me, coma-me.
Sirva-me de comidas gostosas.
Vem me suprir e fazer minhas entranhas ficarem coloridas de felicidade.
Hehehe.
Quando converso com o destino e com o futuro na mesma mesa e com o mesmo drink pros três, tudo se esclarece.
Descreve-se o esclarecido como colorido.
É melhor pra mim, pro futuro e pro destino.
Imagine se agente fosse pobre então.
A pobreza de não ter mais grana pra comprar mais que um drink.
É melhor assim, tudo o que é pobre pode ser que tenha mais graça.
Senão, que graça teria viver?
Casar com fidalgos e madames sem sentir um pingo do que diz que sente pro bispo ou padre ou o resto da corja.
Acorda né José!
Acorda e agradece a Deus, porque eu consigo acreditar que pode ser sempre colorido.
Nem precisa explicar porque o preto contrasta com o branco Zé, Deus e Jesus, eles entendem tudo.
Sabem o que fazem, assim como agente. No fim agente ensina, a colorir e ofuscar todo aquele resto que só acredita em utopia e acaba esquecendo dos próprios brilhos e prazeres.
É, e nem tem que dizer o que fazer.
Eles têm um mapa.
Um mapa e colorido.
Anuviado com os garranchos azuis do poeta.
Este por sua vez não contrastava o preto e o branco.
Este…Morreu de gosto ou desgosto de viver com cores muito escuras…Sendo que seu problema era não contrastar.
Psss.
Que inútil.
Magoar-se por querer que tudo gire ao seu redor.
Ela devia mesmo estar ficando louca, enquanto eu, o destino e o futuro estávamos quase a brigar lá naquela mesa, próxima daquela guria.
Triste e egocêntrica. E com uma caixa de bacalhau junto á sua mesa.
Fedia.
Podre.
Sem contraste.
O mapa dela não era colorido. Ela queria ser poeta…Mas não passava de alguém com coração martirizado.
Agente não entendia tudo aquilo.
Estávamos os três com os olhos arregalados, esperando que as cores da guria…Ofuscassem.
Brigávamos porque queríamos que a lei da felicidade colorida reinasse sobre a cabeça dos homens.
Todos os homens. Homens, a espécie humana, para ser mais clara, afinal, todos precisamos de claridade.
Claridade sobressalta sobrancelhas, brilho no olhar, brilho sem o fusca no ar, ofuscar.
E com toda essa rima agente dava risada, porque não havia nada melhor pra fazer, já que éramos tão pobres e tão certos de nossos erros. Quase impossíveis de tão óbvios.
Riamos, enquanto a guria da outra mesa, quase chorava Zé!
É. Mas agente não ia dar bola pra aquilo tudo. Esperávamos ter mais o que fazer na beira da estrada.
Enfeitar a contramão com coisas coloridas. E não fechar para balanço.
Fazer com que todo e completo momento de desprazer, virasse gozação. Porque sinceramente, não éramos feitos pra chorar, não éramos feitos pra servir alguém, a não ser de dias coloridos.
Dias de cor, paz e amor. Nada disso…Era só pra rimar.
Não se empolga. Não te esconde. Faça o contraste das cores, misture-as. Simples.
Dizer o que pensa, como quando vomitamos. O estômago manda agente ir direto aquele lugar porque ontem á noite, era um drink pros três, mas foi o bastante.
Somos fracos e inexperientes. Eu, o futuro e o destino, portanto, não se zangue conosco.
Temos mui pra aprender ainda, embora já saibamos colorir muita contramão e comer muita tainha.
Porque, acredite José, eu adoro frutos do mar, continuo sonhando com aquela tainha; quase imaculada com o tempo.
E pode ser que ela seja mais feliz que agente. Pode ser que tenha um mapa, com garranchos azuis, com enfeites de crepom e tesoura de autoforma.
Nunca viu uma dessas? Na verdade é daquelas que cortam em xadrez. Nada de auto formas.
Meu jeito de falar. Inclui tudo menos aquela história de português bonito e colorido que todo mundo adora Recitar.
E dizer que é culto, por causa da língua grande que tem.
Gosta mesmo é de vomitar as palavras, e desta vez são palavras que deviam mesmo é ter saído de um outro lugar. Aquele, o escuro e fundo, sabe como é.
Isso não é importante. E tu viste ou ouviu falar de alguém que me disse que não era antes?
Não to nem ai pras tuas incógnitas meu querido.
O destino é muito claro enquanto que o futuro é refinado.
Eu? Eu gosto de pizza. Pra mim ta bem assim, me contento com pouco.
Enquanto que minha caixa de e-mails anda cheia de cartas pedindo explicações de tanta mágoa. Eu nem sabia que agora eu era motivo de desilusão.
Que fechem pra balanço então.
Dorme ai na tua pedra cara.
Eu não peço que te cales. Mas peço que no mínimo tu acordes. Fácil e rápido, feito miojo.
Nós vamos embora. Assim, de a pé e de mãos dadas.
Porque é assim que deve ser, sem responder nada á ninguém. No fundo eles sabem que não foi bem assim.
No fundo agente sabe que um dia desses, vamos poder beber com um drink pra cada um.
Eu, o destino e o futuro.
Só nós três!

Maria Ana Maioli

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