Coisas Eternas…

“Não conheço um senador cujas mãos não estejam enlameadas de suborno ou mesmo que não tenha recebido um suborno. O senado tornou-se uma organização fechada de canalhas que saqueiam o Tesouro em nome de clientes, e pelos quais exibem a mais comovedora solicitude. O destino de Roma, o destino dos contribuintes desesperados, nada é para eles. Que a dívida pública cresça! Que a classe média seja esmagada até morrer sob taxas, extorsões e explorações! Por que a classe média foi criada senão para servir de bois de tiro para as bigas de senadores seguidos das multidões de mendigos vorazes? Um homem honesto, um homem que trabalha e honra a cidade e a Constituição da República não é apenas um tolo. É um indivíduo  suspeito. Manda-se-lhe o coletor de taxas para novos assaltos! Provavelmente, ele está pagando sua ‘justa’ cota de impostos.” (“Médico de Homens e de Almas” de Taylor Caldwell.) 

Quando estava lendo esse livro e li essa descrição fiquei pensando se a autora estava descrevendo o Brasil de hoje ou se era mesmo sobre a Roma do século primeiro.

Nós seres humanos, por vezes, estamos tão mais procupados com o ter, com a materialidade, que desenvolvemos e aperfeiçoamos a realidade material e esquecemos de renovar as estruturas que modificam e alteram para melhor nossas condições de SER.