Simplicíssimo

A negra Didi

 Carlão era um namorador inveterado. Um grande conquistador. Aproveitando-se de atributos genéticos europeus herdados do seu pai um militar francês e com o molho latino e africano da usa mãe, uma brasileira muito bonita,sambista e carioca, mistura essa que davam-lhe um porte físico muito sensual.

Ele arrepiava nas praias cariocas.
Ele nasceu moreno, alto, forte e olhos azuis, vejam só, o tipo do cara! Essa mistura franco-brasileira deu ao jovem Carlos, no Rio de Janeiro uma vida muito boa. Muita diversão, muitas mulheres, e um belo padrão de vida.
Bem, como todo brasileiro, Carlão era um craque e jogava futebol em um time da Segunda divisão no Rio de Janeiro, e agora tinha recebido um convite para fazer um teste em um grande time holandês.
Didi, uma baita negra, baita no sentido de beleza, uma morenaça, com atributos sem silicone, pura, beleza natural, um par de seios generosos e uma bunda tipo produto exportação original, grande e arrebitada.
Carlão não podemos dizer que era namorado da Didi, eles tinham um caso, esporadicamente se encontravam nas baladas, e depois de dançarem e se divertirem juntos, iam para a casa da Didi, que morava sozinha em um apartamento em Copacabana e lá faziam amor.
Aliás, quando eles se encontravam, o Kama-Sutra ficava envergonhado com as posições sexuais que os dois inventavam. E o próprio Casanova vinha em espírito aprender a arte de seduzir do brasileiro Carlos Moreno, o popular Carlão.
Numa dessas ocasiões em que estavam na balada, o Carlão depois de dizer que estava de malas prontas para a Holanda, ia fazer teste em um famoso time holandês, e durante a conversa entre os dois recebeu uma sugestão da Didi.
Porque não irem os dois juntos? A Didi sonhava em arrumar um gringo para casar, ela sabia das suas possibilidades, mas, estava chegando aos trinta anos, e todos os gringos que ela tinha contato, vinham para o Brasil apenas fazer turismo sexual, eles jamais viriam aqui e se casariam com uma mulata que tinham conhecido nas quadras da Escola de Samba.
Ao passo que, ao conhecerem uma mulher do tipo da Didi, que na verdade chamava-se Benedita, em seu país, as possibilidades de um relacionamento sério e duradouro seriam bem mais possíveis. Eis o plano da Didi, que ela propôs ao Carlão.
Os dois chegariam na Holanda como marido e mulher, o Carlão ficaria com ela no Hotel que o clube em que ele ia fazer o teste lhe reservara. Ela, enquanto o Carlão fazia o seu teste no Clube, exames médicos, treinos com bola aquela rotina que todos nós sabemos que existem, ela ia procurar um emprego, dar umas voltas e procurar fazer amizades, sabe como é, né? Na Europa aonde você vai você encontra brasileiro. Parece até praga. E todos são muito solidários. Alguém poderia ajudá-la.
Plano feito, Carlão demorou a concordar, mas, a negra Didi, tinha um dinheiro na poupança, fruto de um premio, que ela tinha ganhado no carnaval no começo do ano, que muito ajudaria na estada de ambos na Holanda.
Trato feito. Malas prontas. Tudo acertado. Uma semana depois estavam na Holanda.
Era primavera em Amsterdã, a cidade era linda. Tulipas para todo os lados, cores diversas. Um povo muito bonito. Didi ficou maravilhada com a terra.
Carlão, pelo seu físico privilegiado, seu tipo carioca e divertido, logo conquistou os companheiros de clube, se bem que para demonstrar o seu futebol ele estava com um pouco de dificuldades, os europeus marcavam muito em cima, não davam espaço, e Carlão estava tendo problemas para fazer gols, que era a sua especialidade e a finalidade da sua contratação pelo Clube.

Quanto a Didi, deu sorte, no primeiro dia. Conheceu um holandês em uma Feira de Artesanatos e passou a encontrar-se com ele todas as tardes.
Como não podia deixar de acontecer, ele a levou para o seu apartamento, em um notável edifício da cidade e fizeram amor.
Ele chamava-se Frederico, Fred para os mais íntimos. Didi mostrou para o gringo o que a mulata tem, e ele ficou apaixonado, quando ele viu aquela estatua negra nua, ficou de boca aberta, e para não entrar mosquitos, a negra Didi, botou logo a sua teta em sua boca.
Rolou tudo logo no primeiro dia, anal, lingual, lateral, chupeta, e a Didi mostrou que era a tal. Alem, desses atributos todos, a Didi era muito simpática, ria por um qualquer coisa, uns dentes bonitos, sadios, era tudo o que faltava para fazer o Frederico feliz. Na verdade, como macho, Frederico tinha deixado a desejar, apesar de bonitão, ele não tinha o impeto do Carlão, quando fazia amor. Era um tanto distante, não vibrava, não falava sacanagem, e se falava algo indecente era em portunhol a língua que os dois conversavam.

 
Didi percebeu que o gringo tinha um pouco de receio de andar pela cidade com ela, talvez por pensar que ela era casada, com o jogador de futebol que estava para ser contratado pelo clube holandês. Mas, ao mesmo tempo, o gringo ficava mais tesudo ainda, ao saber que aquela mulheraça, estava traindo o marido com ele, e isso deixava o Fred maluco de tesão.
Passados mais alguns dias, as coisas para o Carlão começaram a melhorar, já mais adaptado ao estilo de jogo europeu, melhor fisicamente, aos coisas começaram a ir melhorando…Já tinha feito três gols nos treinos.
O time dele tinha um amistoso marcado para o próximo domingo e ele ia jogar. Estava escalado. Seria uma espécie de prova final. Didi naquela semana recebeu um convite do Fred para ficar na Holanda, para morar com ele.
Naquela noite, sentados na grande sala do apartamento que o Clube tinha posto a disposição do Carlão, eles botaram as cartas na mesa.
Tudo dependia do amistoso que seria jogado daí a dois dias, caso Carlão tivesse uma boa atuação ele seria contratado e ficaria na Holanda.
Didi, caso Carlão desse a sorte de ficar na Holanda, poderia encontrá-lo uma vez ou outra, poderiam ser bons amigos e talvez sabe como é…Uma trepadinha de vez em quando. Na verdade ela resolveu ir morar com o gringo.
Carlão e Didi achavam que as coisas estavam correndo bem, os planos deles estavam se realizando e acontecendo de uma forma melhor do que eles esperavam. Mas, sempre existirá um, mas…
Os dois não estavam felizes, Carlão sentia-se enciumado pela relação da Didi com o gringo, coisa que no Rio de Janeiro não acontecia. Ele achava que era porque no Rio ele tinha outras mulheres, outras Didis…
Didi por sua vez fazia amor com o gringo maquinalmente, nos primeiros dias caprichou nas trepadas apenas para envolver o Frederico, se ela fosse comparar homem a homem, Carlão dava de dez a zero no gringo, e o sem vergonha do Carlão era um baita homem gostoso. Ela gostava e muito de dar para aquele filho da puta.
Nessa noite eles combinaram de fazer amor, tanto que ela nem fora se encontrar com o gringo, disse estar indisposta, apenas para ficar inteirinha para o Carlão.
Foi uma noite daquelas, Carlão com seus vinte centímetros de pênis, grosso e com uma baita cabeça, preencheu todos os vazios que ela tinha na sua gruta de amor, e depois quando se virou de quatro para o jogador, as lagrimas que caiam dos seus olhos não eram de dor. Ela descobriu que não era apenas uma trepada gostosa que ela queria do Carlão, ela na verdade queria aquele homem para ela, para sempre.
Parece mentira, foi naquela noite que ambos descobriram que tinham nascido um para o outro.
Ainda não era meio dia, quando eles chegaram no Aeroporto. O vôo para o Rio com escala em Portugal sairia daí a alguns minutos.
Até hoje, alguns diretores e torcedores do time holandês dizem, que, se o centro avante Carlão tivesse ficado na Holanda, eles teriam ganhado o campeonato, mas, fazer o que? Eles ficaram sabendo que o jogador tinha ido embora às pressas por motivos particulares. Talvez uma doença em família, quem sabe?
Já no Rio de Janeiro, Carlão e Didi, casaram-se na igreja da Penha. E foram morar no apê da Didi.
AH! Tempos depois o Carlão foi contratado por um grande time do interior de S.Paulo, mudou para uma bela cidade interiorana paulista. Fez gols pra xuxu no Campeonato Paulista. E eles pretendem ficarem felizes pra sempre vivendo aonde atualmente estão.

Mas…em portunhol? Ficar excitada? Que dureza, hem? Mas, fazer o que?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LUIZ CARLOS LUC RAMOS

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