Simplicíssimo

Quando a relação acaba…

A internet é mesmo surpreendente. Certo dia uma amiga me confidenciou que estava triste porque seu casamento chegara ao fim. Uma união de doze anos fora por água abaixo. Disse-me que estava meio perdida pois não fizera outra coisa a não ser doar-se inteiramente ao marido e aos filhos. Sentia-se sozinha ultimamente. Ela sabia que logo precisaria encontrar uma razão para viver. Mas não sabia sequer por onde começar. Foi então que eu falei que seria difícil para mim opinar sobre um assunto delicado como esse. Mas insinuei que ela bem que poderia procurar os serviços de um terapeuta. Seria o mais recomendável nesse momento. Prolongamos a conversa por uns dias, quando então desejei-lhe sorte.

O problema é que geralmente somos maus juízes enquanto não reunirmos todos os elementos de que precisamos para concluir, com serenidade, o que sentimos sobre determinado assunto, em certas situações. Por mais que queiramos ajudar alguém, fica difícil por muitas razões. Uma simples análise que fizermos, sem irmos ao âmago da questão, poderá fazer com que tudo que dissermos pareça leviano. O melhor é agirmos com precaução. Uma certa dose de cautela nunca é demais. Não compreendo as pessoas que vivem imaginando um mundo para elas, pois se esquecem que a única coisa certa que elas têm para viver é o dia de hoje. Pelo visto muitos não entendem essa máxima que rege nossas vidas.
Creio que ninguém tem o direito de se anular, doando-se ao outro uma vida inteira. Não faz sentido. Somos indivíduos e, como tal, necessitamos preservar nossa individualidade. Resguardar nossos momentos de privacidade é preciso, além de termos um tempo só para nós. Nesse caso como fica nossa auto-estima? Precisamos gostar de nós mesmos para poder (então) gostar dos outros também. Sabe-se que muitas pessoas não se prepararam para a vida (e como é difícil) como deveria. Porque um dia a pessoa se casa com o espírito desarmado, imaginando que todos os seus problemas tiveram um fim e, quando o casamento chega à exaustão, o mundo dela vem abaixo. Nada nesse mundo é eterno. É duro, mas nada é para sempre. É mais ou menos aquilo que eu escrevi certa vez: "Não nos ensinaram nas escolas sobre dores, falências, desenganos, saudade e desencontros. Somos um bando de despreparados para o enfrentamento da vida."
Mas creio que a vida não acaba nem acabará para ninguém, simplesmente porque seu casamento não deu certo. Nesses casos o melhor é valorizar o bom que restou da relação. O mais recomendavel é resguardar as boas lembranças e os ensinamentos havidos na vida a dois. Certamente temos muito a aprender com nossas experiências. Elas poderão ser úteis num futuro breve. Todos precisam crer em suas potencialidades. No amor que existe em seus corações. Acreditando, existirá sempre alguém merecedor de cada um. Claro que qualquer pessoa pode ser feliz novamente ao lado de outra. Vale a pena tentar.
 
 
 
"Não entendo a vida sem os gestos de carinho entre pessoas que se querem bem, muito menos sem as necessárias atitudes e ações solidárias vindas até mesmo de pessoas que nunca se viram antes."

Luiz Maia
www.luizmaia.blog.br
msn:
luiz-maia@hotmail.com
skipe: luizmaia1
Autor dos livros "Veredas de uma vida", "Sem limites para amar", "Cânticos" e "À flor da pele". Recife-PE.

Luiz Maia

Comente!

Deixe uma resposta

Últimos posts

Siga-nos!

Não tenha vergonha, entre em contato! Nós amamos conhecer pessoas interessantes e fazer novos amigos!

Últimos Posts