Simplicíssimo

Eu, prostituta

Eu não passo de uma prostituta
com as pernas abertas ao destino
Corda amarrada no pescoço
e o olhar inquieto de um menino
Meus seios à mostra parecem dizer:
– Me comam! Me comam!
Nâo uso preservativo
Não escolho meus parceiros
Meu único vício é crer que posso
amar o mundo inteiro.
Não tenho medo nem pudor
Meu coração bandoleiro
Só quer saber do seu amor

Rodrigo D.

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