O cheiro dela ainda estava em sua roupa. Fechou os olhos e pôde ouvir de novo o estalo do beijo que ganhou no rosto. Não quis dormir, foi revirar gavetas velhas e encontrou os cadernos da escola. A letra mudara várias vezes ao longo dos anos. Leu cada um dos recados que suas amigas escreviam nos cadernos. As equações e fórmulas que nunca usaria em toda a sua vida ainda estavam lá. Achou o caderno do último ano. Ainda cheirava a novo. Nunca mais iria sentir cheiro de material escolar novo, nunca mais iriam deixar recado em seu caderno. Tinha prometido não se preocupar mais com esse tipo de coisa. Já havia cheirado quase tudo nessa vida, até vagina. Sentiu em seus dedos o cheiro do cigarro que ela havia lhe dado. Por um longo tempo, era só isso que iria sentir: nicotina, tabaco, cinzeiro, fumaça…
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