Numa caixinha de fósforo
Pra poder te carregar
A qualquer canto que eu quisesse
Fazer um brinde, você merece
E depois te abandonar.
Por várias horas no banheiro
Até você se acostumar
Quis te dar todas as flores
Dos jardins que encontrei
No caminho da tua casa
E com carinho as arranquei.
Cantar minhas dores exaltado
Em um tom exagerado
Pra você não se orgulhar
De ter-me feito de palhaço
Ter negado o meu abraço
E depois querer voltar.
Mas a caixinha se joga ao chão
E passa agora de mão em mão
Acendendo os cigarros
Atrapalhando-se com os pigarros
Convencendo a multidão
Que já tem um novo amor
Que achou sua fogueira
Seu carvão, seu lenhador
E o que procurava a vida inteira
Estava dentro do seu coração.
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