Simplicíssimo

Alvura de Natal

Da solitude da vida
pressentiu o que era nunca

E pendurou cascas de ovos
no pé seco da umburana

Fez cortinas para a casa
com chitão muito guardado

No coração de Jesus da sala
fincou o sempre de uma rosa

E cozeu um galo antigo
para alguém vindo dos longes

Preparou o seu Natal
feito ceia derradeira

E deixou-se iluminar
pela luz do Sete Estrelo

Que alveja alma em neve
com a Verdade da Esperança.

Lilly Falcão

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