ERA uma espécie de código. Se, por aqueles dias, me mandassem pôr o uniforme eu deveria saber do esperado inevitável. Acordaram-me cedo. Indicaram-me as roupas: camisa branca, calça de tergal azul-marinho, carpins pretos e as indefectíveis congas. Depois, alguém me deu o café e conduziram-me ao necrotério. Sentei-me, ainda acordando, ao lado da mãe. Não entendia nada. Alguns colegas meus foram me abraçar. Eu era a única criança com o uniforme do grupo escolar. Era período de férias. E eu havia esquecido do código. No centro da sala, a esquife e o pai sendo velado.
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