Simplicíssimo

Felipão e Alex

Tenho lido e ouvido muitas teorias sobre a demissão de Luis Felipe Scolari do comando do poderoso Chelsea da Inglaterra. As idéias passam por problemas de relacionamento, dificuldades com a língua, maus resultados, etc.

Creio que os problemas de relacionamento podem ter sido o pontapé inicial para esse fim mas, com certeza, não foram a gota d’água que levou ao transbordamento. Relacionar-se com estrelas muito bem pagas e geradoras de receita para o clube é difícil e para Felipão pode ter sido quase impossível. Desde sua chegada vários jogadores passaram a atuar muito abaixo de sua capacidade, como Drogba. Um centroavante antes comparado ao português Cristiano Ronaldo e que agora parece digno dos times menores da liga inglesa. Outros passaram a fazer apenas o básico do futebol, sem vontade, sem nenhuma motivação para a vitória. Então pode-se concluir pela falta de bom futebol e conseqüentes maus resultados como motivo pela demissão do técnico?

Não. A demissão dele ocorreu por um problema financeiro. O patrimônio, lá os clubes são empresas, do clube é basicamente seus jogadores. Valem mais que o estádio, alguns. Se somados valem mais que a marca e todas as promoções que fazem circular dinheiro no caixa da empresa/clube. Felipão ao impor seus métodos de treinamento e disciplina, certamente, descontentou algumas dessas estrelas e onerou o clube em seu patrimônio gerando perdas significativas que serão contabilizadas posteriormente. Como exemplo, um craque como Drogba que poderia ser vendido mais caro que Robinho (que custou 40 milhões ao Manchester City) nem sequer recebeu propostas próximas a isso na última janela de transferências da Europa.

Explicado tudo isso, o que o Alex, jogador do Internacional, tem a ver com a situação?

Ele passa, e tornou público, por um período de desconforto no clube. Não se sente satisfeito com a situação. Em 2008 estruturou sua carreira como um dos melhores jogadores no Brasil e o melhor do time. Auxiliou, e muito, na conquista da Copa Sul-Americana e no campeonato regional em 2008 onde foi goleador. Fatos que o levaram a ser convocado e a atuar pela Seleção. Não conseguiu transferir-se para a Europa em janeiro por dificuldades financeiras dos clubes e empresários que atuam naquele mercado em arcar com o custo para tal. No entanto, a sua relação com o treinador colorado poderá causar perdas irrecuperáveis ao clube. Arrisco a dizer que se a situação continuar assim ele não continuará no clube, mesmo que não consiga o sonho de jogar na Europa.

Mauro Rodrigues

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