Para mim, agora, é domingo. Para você, agora, provavelmente, já passe de quarta-feira. Mesmo assim, é agora para mim e para você também. Poderíamos, talvez, considerar aqui uma corrupção do tempo e da realidade…
Todos os dias vejo mortos andando e conversando, velhinhos em plena flor da idade, eventos acontecendo novamente, coisas que já não são mais assim ou que não estão mais ali.
Temos nossos aparelhinhos mágicos e com eles brincamos de Deus. Fazemos o tempo (se é que existe mesmo) parar, voltar atrás, desdobrar-se sobre si mesmo. Rompemos o fluxo contínuo das coisas e o refazemos à nossa vontade. O que é verdade e o que é mentira, o que é real e o que é imaginário, só depende da vontade de que detém o maior poder sobre esses recursos.
Confiantes de que nosso aparato tecnológico proporciona uma efetiva melhora nas condições gerais, que realmente vivemos melhor do que nossos avós, entregamo-nos a ele cegamente, inquestionavelmente, e por ele damos nossas vidas e nossas almas.
E nem nos perguntamos quem controla esses aparelhos pelos quais lutamos e que nos mantém vivos. Aos poucos, não percebemos que também já somos parte do aparato controlado e, como tal, podemos ser substituídos, de acordo com a vontade dos que manuseiam os controles.
E eu aqui, jogando letras ao Éter Universal…
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