Não tenho certeza de quase nada. Minha arrogância não chegou a este ponto. E olha que sou muito arrogante. Mas simplesmente não entendo como alguém pode ter muitas “certezas”. Eu tenho pouquíssimas. Talvez apenas uma: que amarei minha esposa para todo o sempre. Em toda relatividade que a afirmação sugere.
Mas dizer que “o amanhã nunca se sabe” é coisa pra criança. “O amanhã nunca se sabe” é o c******! Até hoje só vi fracos e covardes sugerindo isto. Não passa de historinha encantada de gente que não quer assumir responsabilidades. È imbecil tratar o “acaso” e o “incerto” a níveis tão baixos.
Estou cansado de filosofia. Não diria ela, em si, coitada. “A filosofia está morta e nós a matamos” seria uma boa paráfrase. Aliás, é sempre gostoso parafrasear Nietzsche. Pegue o idealismo e a metafísica, jogue num saco, e incinere. Não fará a menor falta. Mentira. Não pra mim. Se os intelectuais não fossem tão estúpidos, incoerentes e enfeitados. Mas são.
Se nós não fossemos tão burgueses. Tenho horror da minha burguesia. Que dirá da dos outros. Se se. Se se se se. É incrível como passamos do mais puro louvor à vida ao mais profundo desejo de morte. Tenho medo de pensar no que os entediados fizeram à humanidade.
Hipocrisia, pieguice e ganância. Acabe com isso e nossa civilização ruirá. Não é uma má idéia. Mas ninguém, inclusive eu, quer deixar de ser mimado.
Acho que o bom leitor não está interessado em pessimismo, apocalipse e caos. Infelizmente, não sou uma droga vendida em farmácia. Não tenho a cura. Nem a fórmula, a solução, o ensinamento, etc, etecétera, etc. Aquele que vos escreve é igual a todos. Um pouco mais besta e chato, apenas.
Na verdade, não tenho do que reclamar. Sou um bem-aventurado, tenho uma boa vida, eis tudo. O resto é sordidez.
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