E que o seu ano seja infinitamente melhor do que todos os outros que já passaram.
O ano de 2010 está terminando, independente do que eu possa pensar a respeito.
Neste momento, quase no encerramento do show e no farfalhar das cortinas que se fecham, existe a tentação de fazer um balanço do ano, das coisas que aconteceram, do que não aconteceu.
E, talvez, do que poderia ter acontecido.
Mas o que poderia ter acontecido, como sempre, flutua em um mar de esperanças não-realizadas e de silêncios. E, hoje, prefiro não pensar nisso.
E não deveríamos pensar nisso justo agora, quando um ano novo começa. Este é o tempo de esperanças e sonhos que ainda não se concretizaram.
Outra tentação é não pensar em mim, não escrever sobre mim ao tentar fazer um balanço. Afinal, sempre é imensamente mais fácil falar dos outros.
E, neste caso, um fato marcante de 2010 é a eleição da primeira presidenta da História do Brasil, Dilma Roussef, do Partido dos Trabalhadores (PT).
E, como eu ainda chuto cachorro morto, a derrota do Senhor José "Bolinha de Papel" Serra, do tucanato paulista.
Espero que a presidenta consiga fazer um bom trabalho. Veremos. Inevitavelmente.
Comecei a escrever esse texto com uma certa melancolia, rapidamente esquecida depois que comecei a falar de política, uma das minhas antigas paixões.
Troquei o alvo, o objetivo, deixei de falar de mim, para falar de outros.
Fugi da raia.
É mais fácil assim.
Ainda assim, que venha 2011.
Comente!