Simplicíssimo

Cachaça

Nesta eleição tivemos em torno de 15% de abstenção no Rio Grande do Sul (me deu preguiça de ir ver o número bem certinho). Eu também me abstive. Aliás, cada vez mais me abstenho. 80% do estado discorda de mim e bebeu bastante, parece que a eleição foi a maior cachaça. E que cachaça! Mas o álcool me faz mal, especialmente o seu preço na bomba, o qual é uma verdadeira bomba. Bum! Assim não dá graça, nem jogo. Não tenho receio da eleição de Lula no que concerne a novidades. Acho que as novidades vão ser as mesmas de sempre. Mas a tucana que botaram lá no Piratini… hmmmm… Sei não, espero que tu não entres pelo cano, eleitor gaúcho. Buenas, também acho o Olívio meio triste. E o Rigotto, também. O estado está uma merda e estamos todos fodidos, mas isso é coisa de mais de trinta anos. A nossa falência começou com o governo militar e a sua abundante estatização e burocratização que, aliás, os petistas amam. Depois, o golpe de misericórdia foi, ironicamente, a desestatização mediante venda de empresas governamentais. Ou, como todos preferem, as privatizações. Creio que foram mal feitas, resultaram em péssimos negócios e determinados setores (telefonia entre eles) não careciam de venda, mas de concorrência. Quebrar o monopólio estatal do setor poderia estimular a competição de novas empresas de telefonia. Empresas estatais como a Embratel, por exemplo, seriam obrigadas a se modernizar e se tornar mais eficientes sem a necessidade de serem vendidas. Nos serve de exemplo a Petrobrás, empresa que é estatal, mas é super-moderna e eficiente. Houve muitas empresas inúteis criadas pelos militares, que apenas serviam como os famosos “cabides de emprego”. Enfim, entre a farra do milagre econômico e o espetáculo do crescimento, já se vão trinta anos. O único grande avanço, na minha opinião, foi quando os ricos finalmente se deram conta de que o ganho que tinham com a inflação era ilusório, sendo muito melhor para eles que a moeda brasileira fosse estável. A partir daí foi finalmente possível emplacar um plano, o Real, o qual financia a cachaça nacional há 12 longos anos. Sem ironias, acho que os pobres saem ganhando quando não há inflação. Então achei legal os ricos terem concluído que isso era bom pra eles. Só ficou meio ruim para os governos dos estados porque eles acordaram do sonho encantado da especulação e tiveram que gerenciar as folhas de pagamento sem o overnight. E é aí que entram os gaúchos, entrando pelo cano, aliás, de tucana. E o Lula? Bom, estou absolutamente convencido de que nunca houve um presidente como ele na História deste país. E nada de piadinhas sobre o dedo faltante, viu?

Luiz Eduardo Ulrich

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