Todos os medicamentos apresentam efeitos positivos e negativos sobre o organismo. Os remédios usados para o tratamento das doenças nervosas não fogem à regra. Exemplos desse tipo de medicação incluem antidepressivos como a fluoxetina, estabilizadores de humor como o lítio, antipsicóticos como o haloperidol e tranqüilizantes como o diazepam. Todos eles apresentam efeitos que são procurados tanto pelo paciente quanto pelo médico: a melhora da doença e a prevenção de novas crises são os principais.
Porém também é comum que os medicamentos provoquem efeitos indesejáveis sobre o corpo: são os efeitos colaterais. Exemplos comuns incluem dor de cabeça, tonturas, náuseas, queimação no estômago, sonolência e boca seca, entre tantos outros. Geralmente esses sintomas são um incômodo, mas não chegam a ser graves. A maioria dos efeitos colaterais dos remédios usados em psiquiatria tendem a ser piores no começo, mas diminuem ou somem com o tempo.
Além disso, é possível se adaptar a eles. Um medicamento que provoque sonolência, por exemplo, pode ser bem tolerado se for tomado à noite, antes de dormir. Medidas gerais como horários para a tomada, dieta e exercícios, favorecem a adaptação do paciente ao tratamento.
Outras medidas incluem redução de doses ou troca de remédios, as quais devem sempre ser decididas em conjunto com o médico. Vale lembrar que as reações do corpo às medicações variam muito de uma pessoa para outra. Um remédio que funciona muito bem para um, pode não ser bem tolerado por outro.
Antes de tomar qualquer decisão, deve-se analisar, da melhor forma possível, a relação entre os efeitos positivos e os negativos. Muitas vezes vale a pena pagar o preço de suportar um efeito colateral incômodo, mas sem maior gravidade. Quando é que isto vale a pena? Nos casos em que a doença é muito mais prejudicial à saúde do que os efeitos colaterais. Se o paciente conseguir uma melhora importante da sua doença, com alívio de graves sintomas, há que se fazer um esforço conjunto para ajudar o paciente a tolerar e se adaptar melhor ao seu medicamento.
De qualquer forma, sempre que surgirem dúvidas com relação a este assunto, o paciente deve conversar abertamente com seu médico. A colaboração eficaz e sincera entre médico e paciente permanece sendo a arma mais poderosa na luta contra as doenças mentais.
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