Em frente ao computador, respondo aos constantes e-mails. São cinco horas da tarde e o dia de trabalho ainda está longe de acabar. De repente, o celular toca. É minha esposa:
“Vamos jantar juntos?” – pergunto-lhe.
“Não creio. O chefe aqui, hoje, está pressionando a todos…”
“Justo esta noite?…”
Desligo o telefone e suspiro. Meu chefe, também, reclama de um documento que não foi enviado a tempo.
E imagino meus familiares, amigos, no Brasil. Sentados à mesa, rindo. Confraternizando…
Preciso de uma pausa. Deixo para trás as reclamações do Sr. Tanaka, e desço as escadas para comprar comida (obentou). Mas não me demoro. Quero terminar o trabalho o mais rápido possível e regressar antes do último trem…
Afinal de contas, lá fora, faz frio.
Tóquio, 24 de Dezembro de 2008.
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