Aos 17 anos, Rodrigo Silva terminou o ensino médio e decidiu mudar
de cidade: não queria ter a mesma mentalidade ridícula de seus
habitantes.
A mãe advertia:
– Filho, sempre siga os meus conselhos… Os seus avós e o seu pai,
– que Deus os tenha! – sempre foram honestos, amigos, voltados
pra família.
Rodrigo sonhava ser jornalista.
Aos 25 anos, em São Paulo, tinha um diploma, um trabalho e uma
namorada bonita para exibir.
Aos 28 anos, era colunista de economia da Folha. Sempre entre
empresários e políticos, bebia e comia do melhor. E bebia mais
do que comia…
A renda aumentou, progrediu materialmente.
Estava se iniciando nas drogas, a pressão dos negócios lhe induzia
a isto.
Aos 30 anos se divorciou. O processo foi rápido e amigável.
Aos 31, sua mãe morreu. Rodrigo nem lembrava mais a última visita.
Ele não foi ao enterro, ordenando à secretária que providenciasse
todos os rituais apropriados.
Agora estava livre de amarras.
Aos 32 morreu de overdose
No funeral, quem compareceu?
FIM
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