– você garantiu que me amava!
– não me cobre tanto assim, você sabe das minhas falhas.
– e te amo, o que podemos fazer para remediar isto.
– já está remediado, afinal o que não tem remédio…
– mas não posso acreditar… você sabe que nunca te cobrei…
– é verdade…
-… então, mas e as promessas que me fez?
– não menti.
– aquilo tudo que me prometeu? onde foi parar?
– aquilo era verdade pra mim também!
– o que houve? não entendo!
– não chore, vá piorar o que já é difícil!
– não, não vai me deixar aqui assim… não vou deixar.
– acalme-se.
– existe outro alguém? não importa, não vou ficar assim.
– não há ninguém. acalme-se, pare de gritar, o que é isso?
(surge uma tesoura da gaveta do criado-mudo)
– não vai ficar assim, já disse. me perdoe te amo.
– acalme-se e pare com isso, par…
(enterra-lhe a tesoura na barriga).
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