Grandes coisas escritas
Escritas a lápis – borracha a postos
Pensamentos imponentes
Imponente fumaça contra o vento
Prefiro não vê-las
Prefiro não tê-las todas
Prefiro não lê-las todas de uma vez
Pensamentos autônomos
Sentimentos autótrofos
Auto replicáveis, replicantes
A Fábrica de sons mudos
Figuras fáceis de sobrancelhas arcadas
Olhos saltados, salto livre
Mergulho autônomo
A corda que te sustem
O penhasco que te assusta
É seguro. O céu claro
E a visão límpida observa o normal
Sintas, sintas e não nomeies
Não definas, não dês fim
Isso é fácil demais
É tatear, palmilhar o escuro
Ouviste isto?
– Deve ser o apito da fábrica
Fabrica em silêncio
O apito que marca o fim
É audível, ouço em minha cabeça!
Ouves?
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