vitrine de esporas
céu de relógios cortantes
conhaque nas garrafas
gritos longos voam
em remoinhos de tesouras
silêncios de gosma escura
medos de fina areia
ocultam, na cabeça,
uma vaga astronomia,
de armas abstratas
o vento dobra, desnudo
a esquina da surpresa
água e sombra
sombra e água
espelho verdadeiro
soluços de perspectivas
inexiste cura, mente maldita
a ilusão, na vitrine, brilha!
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