Livres os versinhos que nunca te disse.
Entanto mais profundos os que tu paristes.
Palavras,
mudas de versos
em trevos de melodia
a crescer com poesia!
Únicos somos todos e, cada um, juntos, somos o
Poema incompleto construindo um mundo!
Que seja de alegria, melodia, sintonia.
Únicos e Um.
Sejamos nós desfazendo-se pelo nós que somos e comunicamos, tecendo-nos ao desfazer os nós dos hiatos entre os diálogos…
Cada um único no (en)canto das almas,
juntas na sintonia, sempre imperfeita,
de uma única melodia que, múltipla, anuncia.
A melodia única anuncia,
ao virarmos cada página do dia,
algo resistente ao tempo,
como uma vocação para a luz.
Vida já é a morte.
Mata o Tempo para no Tempo nascer.
Mata o fruto, mata a semente, mata em nós tudo
Para em nós tudo se viver.
Viver e morrer simultaneamente.
Saboreamos a semente,
a flor,o fruto e, ao anoitecer,
o descanso prum novo renascer.
Ciclo vital!
Tão mais única a melodia quão mais múltipla se anuncia,
construção sobre o tempo, vocação para a luz do que nos outros somos.
Ciclo vital e simultâneo!
Sobre a morte, a Vida. Viva! Vivamo-lo!
O fluir do tempo, que a si devora,
faz com que o ganho seja perda e esta seja ganho,
recuperáveis na memória e nas histórias.
O tempo ganha-se e perde-se na memória.
A alma, na sua imaginação, inventa-o e, ao senti-lo,
dá-lhe a sua dimensão.
Que seria da Vida sem a imaginação e o molde dos sentimentos
que a povoam, massa dos sonhos?
Onde estaria o Tempo, de tão raso?
Não importa o quanto nossas vidas nos obriga a ser sérios.
Todos nós procuramos alguém pra sonhar, brincar, amar.
E tudo que precisamos é de uma mão para nos segurar.
E um coração para nos entender!
"Temos que ter sempre um coração quentinho, gente afetuosa ao nosso lado, sermos o quentinho para o outro, aí tudo vale a pena, plantamos jardins de belas e empenhadas almas. Ahh nossos afetos!"
*Denise Deschamps, psicanalista carioca, flamenguista e especialista no que se pode entender em Ser Amiga quando se precisa.
Todo humorista, pensador, seja filosófico ou estético, deve avaliar pontos de vista, pensar como o “inimigo”, compreender uma situação antes de entrar nela ou quando nela se está. Compreender a vida sob tantos ângulos quanto possíveis, sem disfarçá-los mais do que a própria consciência impede: esta é a sua atuação. É do palmilhar da compreensão do que vivenciamos, do inquirir em busca de respostas, que “A suposta existência” se constrói. O estilo elevado, a reflexão do eu sobre o mundo até a sujeição do eu ao mundo, está posto ao longo de toda a vida.
A matrix dos afetos!
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