Simplicíssimo

Antonio Gramsci – o homem com X nas costas

Dia 27 de abril foi dia da morte de Gramsci (1891-1937). Temos 70 anos desde sua morte. Caso estivéssemos nos anos oitenta, haveria tantos textos falando disso que imaginaríamos estarmos falando da morte de um contemporâneo. E Gramsci foi um contemporâneo, ao menos até 1989 ou, no máximo, 1992. Quando o comunismo desapareceu de vez, e com ele a própria URSS, para então baixar o pano do século XX – e nossa, que século! – de forma espetacular, Gramsci começava a não ser mais ensinado nas universidades. Tudo que ele, depois de morto, havia prometido, desapareceu como um castelo de cartas – foi de embrulho junto com o século ao qual ele quase pertenceu. Gramsci foi quase um homem do século XX ao teorizar sobre o marxismo e com o marxismo de uma maneira, digamos, mais aberta que seus colegas. O que pensou tornou-se a base para uma boa parte do Eurocomunismo e para os partidos comunistas que, entre o final dos anos setenta e meados dos anos oitenta, praticamente se tornaram quase que como eram os partidos da velha II Internacional, a que originou a social-democracia vigente. Gramsci havia ensinado a muitos a serem “reformistas”, sem que tivessem de se envergonhar disso, uma vez que ainda permaneciam marxistas, e uma vez que não usassem a palavra “reformista”. A filiação à ortodoxia – e cada dia nascia uma nova ortodoxia! – era tudo.
 
Terminado o período revolucionário que libertou a Europa do comunismo, o “novo marxismo” não se sustentou. Gente como Gorbatchev, que parecia poder inspirar um novo tipo de social democracia, e não a meramente aprovadora do status quo, não teve mais voz. As pessoas na Europa do Leste, estavam desesperadas para se livrarem da ditadura e de tudo que podia lembrar o comunismo. Os jovens se uniram aos velhos para quebrar todas as estátuas dos “heróis do socialismo” que puderam quebrar. Ninguém queria mais saber de Lênin. E na água do banho o bebê Marx foi junto. As pessoas estavam querendo democracia, liberdade, e não se importavam mais que junto dela viesse a “satânica economia de mercado” ou se “demônios neoliberais” poderiam ou não ditar o tipo de sociedade em que viveriam. Não agüentavam mais KGB, fila para eletrodomésticos, privilégios para grupelhos burocratas e, principalmente, uma retórico oficial hipócrita e que tratava todos como imbecis. Os partidos comunistas que haviam crescido sob o Eurocomunismo desapareceram. Seus impérios editoriais foram fechados. Perderam militantes, perderam dinheiro – se descapitalizaram! E adotaram a tática de mudar de nome para segurar alguns cargos políticos. Em alguns lugares – como no Brasil – se transformaram em grupos de mútua ajuda para arrumar empregos para parentes. Como agremiação política? Acabaram mesmo. O que ressurgiu aqui e ali com o nome de “Partido Comunista” nunca mais teve qualquer prestígio. “PC”? Não, não! PC passou a ser o que deveria ser, o produto do então verdadeiro revolucionário do século, Bill Gates. PC era e ainda é só Personal Computer. Durante um tempo, para brasileiros, foi também “PC Farias” – o hoje símbolo do “mensalão do passado”. Tudo acaba rápido demais.
 
O socialismo acabou mesmo e não vai reaparecer de modo algum como utopia. Poderemos ter utopias, mas essa é uma que não voltará a não ser que todos nós tenhamos rabos e orelhas compridas. Richard Rorty perguntou, no final do século, como seria o perfil do jovem do começo do século, alguém que poderia ter todas as utopias, mas que não teria a utopia da geração dele e dos seus alunos, ou seja, o socialismo para uns e o comunismo para outros. Hoje, podemos dar uma resposta a Rorty. Eles, os jovens, possuem não mais uma utopia, mas mantiveram um ideal: acreditam que podem ganhar algum dinheiro e ter uma vida “pequeno burguesa” (era assim que dizíamos?), e lutam por isso, a maioria honestamente. Mas há muitos jovens que lutam por isso metidos em drogas e crimes. Mais do que no passado recente? Sim, sem dúvida, mais. E há mais fanáticos religiosos do que antes. Inclusive entre eles, há os estão no crime – muitos donos de igrejas são descarados ladrões. O fanatismo ligado ao comunismo foi destituído de posto e o fanatismo por todo tipo de religião ou seita cresceu para valer. Todos aguardam que “alguém faça algo contra o aquecimento global”. Mas atitude mesmo, é difícil tomar. São os tempos dos “jovens de hoje”.
 
Pessoas como eu, que não podem viver sem a filosofia, namoraram o marxismo com democracia, e descobriram no pragmatismo uma mão para se poder viver o dia-a-dia e ser filósofo – ser filósofo mesmo tendo de viver o dia-a-dia não é fácil. A maioria dos que eram filósofos, deixou isso de lado e foi “ganhar dinheiro”. Alguns viraram burocratas do governo, fosse ele qual governo fosse. Outros murcharam dentro de cátedras universitárias ocas. Outros, tendo liberdade, a venderam por “amizades” que nem eram tão fortes assim, com políticos promissores – e que de fato chegaram em cargos importantes, até na presidência de países por aí, e inclusive aqui. Outros simplesmente emburreceram, ou se tornaram sabidinhos; alegaram ter muitos filhos e uma esposa com depressão crônica para, então, encontrarem uma razão pela qual diziam ter dar um monte de aulas e ainda um segundo e terceiros empregos e, para preservar tais empregos, não adotar mais nenhum questionamento sério sobre qualquer coisa. A Rede Globo intuiu o aparecimento dessa figura e mostrou a todos a figura do cachorro “capachão”, na TV Colosso. Premonição ou aviso fatal? Não foi só a “geração de 68” que se mostrou pouco capaz de pensar em liberdade, a minha geração, a de 78 (a da “Abertura” e da “Transição Lenta, Gradual e Segura”, no Brasil), também fez algo parecido. Todos nós, na verdade, somos bem aquilo que a propaganda do Greenpeace diz que somos – os que conseguiram mudar o mundo, para pior, é claro. No Brasil, particularmente, fizemos tanta coisa errada que demos chance para surgir uma direita com voz ativa, mesmo após termos ganho as eleições presidenciais com o PT!
 
E Gramsci? O que virou? Caso alguém ainda lembre dele, hoje, ele teria algo a nos ensinar? Em termos teóricos, talvez mais nada. Gramsci como teoria perdeu completamente a validade, e em termos de outros assuntos, o que escreveu tem apenas utilidade histórica, como registro do que gente do passado pensou e do que foi o marxismo. Mas como proprietário de uma vida de deputado e militante, Gramsci ainda poderia nos dizer algo. Caso meus filhos me ouvissem em alguma coisa, eu poderia contar para eles a história de um homem que, na Itália do pré-II Guerra Mundial, foi tudo que é preciso ser para dar razão para uma máxima de Diderot, aquela que diz que “o talento é imperdoável”.
 
O talento de Gramsci foi imperdoável. Sua inteligência, capacidade de mobilização e discurso desafiaram Mussolini. Este, então no mesmo parlamento em que estava o comunista, era ridicularizado em cada episódio público. Em confronto direto, perdia. Mas não perdia com dignidade; virara um paspalho – era e foi um paspalho, como Hitler o foi também. Hitler e Mussolini não foram líderes de ninguém. Foram apenas fracassados que chegaram ao poder no lugar de qualquer outro fracassado. Aquela era uma época boa para fracassados tomarem o poder pela força e darem a impressão de possuírem capacidade de liderança. Foi assim no mundo todo, à direita e à esquerda. Mussolini era um bobo a mais, e Gramsci fez troça dele no parlamento. Ele era um deputado medíocre, uma pessoa repugnante, uma besta mesmo. E Gramsci o tratava como besta. Uma besta precisa ser tratada como besta. Todavia, um dia a besta virou Besta. Virou Chefe de Estado. E eis que Gramsci apodreceu na cadeia enquanto aquele deputado exercia, então, o poder de ditador em uma Itália sem parlamento. Mussolini colocou o dedo pessoal na vida de Gramsci, tornando-a um inferno, um inferno real mesmo. Gramsci passou seus melhores anos na prisão, e logo que saiu, poucos dias depois, morreu. Era um trapo. Mas mentalmente sadio. Nas últimas horas, estava traduzindo um texto, para treinar a aquisição de nova língua. Seu cérebro jamais parou. Sua inteligência, no entanto, foi torturada, pois teve de se contentar com bibliotecas de prisões, pouco lápis e pouco papel. Em determinado momento, Mussolini, sob pressão internacional, ofereceu liberdade para Gramsci. Mas havia uma condição impagável para um homem de ferro como o sardo: pedir perdão, solicitar o favor ao menos. Gramsci não poderia pedir perdão por ser leninista. Ele entendia que Lenin não era o ditador que, hoje, achamos que foi. Ele via em Lenin alguém que havia realmente feito uma revolução para que não houvesse mais miséria e falta de liberdade. Gramsci estava equivocado, completamente. Mas isso, aos nossos olhos, não diminui sua inteligência. Gente muito inteligente, naqueles anos e depois, esteve equivocada ao acreditar que o comunismo poderia melhorar nossas vidas. Não poderia, por um motivo simples: o comunismo não soube se abrir para a preservação do que um dos melhores intérpretes de Gramsci cultivou entre as esquerdas: a liberdade. Esse intérprete? Ah, sim, Norberto Bobbio.
 
Assim, Gramsci, que procurou ter “vida de comunista”, aquela vida em que as questões íntimas, as chamadas “questões pessoais”, são postas em plano inferior, foi vítima de todas as “questões pessoais”. Gramsci não foi preso e não passou o que passou por luta política apenas. Não. Ele foi mártir, sofredor, na medida em que havia sido alguém que ridicularizou Mussolini. Ele manteve uma luta que não poderia deixar de ser uma luta “pessoal”, e pagou o preço por isso. Mussolini nunca lhe deu combate político. Não tinha altura para tal. Todavia, Mussolini estava certo. Errado estava Gramsci, ao imaginar que vida política, de ideários, é uma coisa, e vida pessoal é outra. Pois as idéias que temos, principalmente naquela época, fazem parte de nós de modo íntimo; o que proferimos como filosofia política é, e era mais ainda, o nosso eu enquanto pessoa, nossa consciência moral – por definição. É era, sim, algo do ego e não apenas uma característica secundária, uma profissão ou coisa assim. Gramsci deveria saber disso. Ele, mais que ninguém, estava no parlamento não como político profissional. Ainda que o PCI tivesse militantes profissionais, como aconselhou Lenin a todos os PCs, Gramsci não estava ali “por profissão”. Nem mesmo “por ideologia”. Gramsci estava ali “por inteiro”. Ele e o seu marxismo eram um só. Ele não era um teórico. Ele era um prático, no sentido filosófico rigoroso do termo: alguém cuja “pessoa”, a consciência moral, o sujeito que julga o certo e o errado, viu no marxismo uma doutrina completa. Gramsci não viu o marxismo como uma doutrina intelectual a ser usada na política, ele viu o marxismo como uma postura que englobava também a vida moral. Era como “homem de fibra” que ele foi marxista. Na prisão, ele não cedeu ao que Mussolini, enraivecido, oferecia. O quanto Mussolini deve ter mordido os dedos por obra dessa personalidade inquebrantável, é algo que eu pagaria para ter ao menos uma foto.
 
Gramsci? Sim, é assim que eu falaria dele se meus filhos tivessem algum interesse em ouvir histórias de um filósofo como eu, que também acreditou em muito do que Gramsci acreditou. Para nós, que fomos marxistas 50 anos depois da morte de Gramsci, as coisas quase foram diferentes. Alguns de nós, aqui no Brasil, também passaram grandes dificuldades nas prisões. Outros foram verdadeiros heróis fora e dentro das prisões. Outros, ainda, apenas tiveram sorte por escaparem com vida e estarem, como eu, escrevendo algo e tendo leitores. Entre nós, os que foram marxistas, vários o foram em uma época em que valia de fato a frase de Fernando Henrique Cardoso, aplicada para uma época posterior, a de que “não é preciso ser burro para ser de esquerda”. No entanto, sabemos, a máxima de Diderot, “o talento é imperdoável”, não valeu para todos nós. Alguns abraçaram o marxismo de uma maneira burra mesmo. Não foram heróis da resistência, foram heróis da teimosia. Não tinham personalidade inquebrantável, tinham apenas uma enorme incapacidade de mudar de idéia. Entre nós, os de esquerda, havia os que eram incapazes de raciocinar e ler Marx como autor de livros. Não! Liam o alemão como autor de texto sagrado, e assim foram pela vida. Há jovens ainda assim. Poucos, mas há. Não encontrarão nenhum Mussolini pela frente, pois ainda que Mussolini fosse uma besta, ele tinha algo que algumas bestas possuem e que as tornam vingativas: ele era capaz de saber que entre ele e Gramsci havia um abismo: ele era burro, Gramsci era inteligente; ele estava do lado errado, Gramsci, do lado certo. Mussolini sabia bem disso.Quando se tornou dono da vida de Gramsci, não abdicou da fantástica prerrogativa que o destino lhe deu, e transferiu Gramsci de prisão em prisão, para judiar bem daquele que o havia humilhado. É claro que depois o destino, sempre guiado por aquela justiça cósmica que Heráclito soube enxergar, puniu Mussolini. Gramsci morreu entre os seus, no leito. Mussolini e esposa tentaram fugir da Itália e foram enforcados pelo povo, que os descobriram. Pendurados, foram expostos ao mundo.
 
Agora, posso eu, de fato, dizer que tudo que Gramsci pensou tem utilidade apenas para registro histórico? Ou essa frase vai manchar meu texto e ele vai ser censurado pelo “comitê central”? Serei obrigado, então, em uma noite fatal, a fazer “autocrítica”? Brincadeira … embora exista o dito que brincadeira tem fundo de verdade.
 
Caso eu pudesse dizer que Gramsci tem alguma utilidade, hoje, eu não conseguiria dizer que não é por questões históricas. Mas isso não quer dizer que não valha a pena lê-lo, pois a atividade do filósofo é, em parte, ler o que determinados teóricos pensaram em época determinadas, mesmo que sejam coisas muito datadas. A “teoria dos intelectuais” de Gramsci, hoje, é algo que vale a pena ainda ser lida. Está desatualizada, uma vez que hoje em dia nenhum de nós, que sabe escrever, iria usar os termos “estrutura” e “superestrutura” com tranqüilidade, como fazíamos quando éramos donos do mundo, na década de oitenta. Mas ela dá a idéia de como que, pela via do marxismo, Gramsci queria compreender uma atividade que Max Weber[1] também quis entender, a de como que algumas pessoas parecem pegar as idéias com as mãos, em determinados momentos, e falarem como se elas fossem a boca correta para substituir outras bocas. Penso que meu amigo Alberto Tosi Rodrigues, já falecido, concordaria com isso e aplaudiria o que vou dizer. Gramsci articulou os intelectuais e os grupos sociais como ninguém. É claro que sua noção de “intelectual orgânico” virou algo ridículo nas mãos de pessoas ignorantes que fizeram mestrado e doutorado e acharam que iriam fazer revolução dando aula em universidades (de beira de estrada). Mas, para quem não é burro e não foi emburrecido por doutrina de esquerda, hoje, retomar o texto de Gramsci sobre os intelectuais, e lê-lo sob a luz dos novos acontecimentos, faz bem. Faz-nos perguntar coisas que com outros textos não aprenderíamos a perguntar. Por exemplo: o Papa, ele entende que representa quem, afinal? O quanto uma figura como o homem que escolheu para si o nome de Bento XVI, ainda acredita em Deus? Ou, se acredita mesmo, o quanto ele imagina que ele é infalível, santo e tudo o mais que é, oficialmente falando? O quanto um intelectual se imagina dono da voz de outro, para falar no lugar dele às vezes. Ou, ao contrário, o quanto um intelectual se acha capaz de não falar por ninguém, só por si mesmo? O texto de Gramsci nos ensina a perguntar para cada um que é um intelectual no contexto social, o que de fato imaginam que fazem, quando se colocam falando pela boca de alguém e tendo algum poder de ser ouvido? E o que imaginam que fazem quando se imaginam falando pela boca de ninguém e, ainda assim, acreditam serem ouvidos, ou de fato serem ouvidos? Gramsci não faz esse tipo de ensinamento, em seu texto, de modo direto. Mas podemos fazer a partir do seu texto. A vinculação do intelectual a um grupo social, por opção ou não do grupo, é ainda algo que não perdemos. Os intelectuais ainda são forças falantes que dizem o que grupos querem dizer; grupos que sabem e não sabem que não possuem senão aquele homem, o intelectual, para falar por eles. Não estou dizendo classes sociais, estou dizendo grupos. Classes, hoje em dia, seria mais difícil ver, no sentido marxista do termo. Mas o vago e não sociológico conceito de grupo, pode ser usado. Há grupos que formam correntes de opinião, umas mais outras menos fortes. Como pensam, a quatro paredes, os intelectuais que percebem que estão funcionando a partir desses grupos? E os que percebem que não estão? E os que não sabem se estão ou não? Como isso se passa. Essa é uma forma de pensar e filosofar – produtiva – a partir do texto de Gramsci sobre os intelectuais (no Brasil, o texto foi traduzido em um livro com o título Os intelectuais e a organização da cultura, da editora Civilização Brasileira).
 
Valeria a pena, hoje em dia, retomar Gramsci e integrá-lo em leituras mais amplas. Talvez. Não seria um texto básico, mas para quem está preocupado com o modo como intelectuais, idéias e instituições e grupos se articulam, uma visão renovada e desterritorializada do texto sobre os intelectuais de Gramsci, seria uma boa pedida. Não seria o caso, não mesmo, de ler nele coisas a respeito do Estado ou da “teoria da revolução” ou coisas do tipo. Mas para falar das pessoas que não trabalham com as mãos a não ser para digitar, vale sim. Esse tipo de gente, que são os intelectuais, como que eles atuam hoje em dia, em uma sociedade com internet, com meios de comunicação que não podiam ser imaginados por Gramsci? Isso valeria a pena entender. Valeria a pena ver como que os intelectuais, em uma era da comunicação individualizada e que nos dá a impressão de falarmos apenas por nós mesmos, agem e pensam. Deveríamos saber perguntar coisas do tipo: “impressão de falarmos por nós mesmos” ou realmente falamos por nós mesmos? E só por nós mesmos? Essas questões neogramscianas poderiam estar na ordem do dia. Com cuidado, poderíamos extrair delas coisas boas, para além do repetido e escolástico discurso da ciência política e da educação dos anos oitenta no Brasil, o tempo em que Gramsci foi canonizado em algumas faculdades. Tempo em que todos sabiam italiano, que não é preciso muito para entender, e que ninguém aprendia inglês, pois era o idioma do imperialismo – sim, naquela época, havia esse tipo de burrice. Não com isso é que devemos ler Gramsci.
 
Paulo Ghiraldelli Jr. “o filósofo da cidade de São Paulo”.
Diretor do Centro de Estudos em Filosofia Americana – CEFA
Editor da Contemporary Pragmatism, de New York e Amsterdam.


[1] Weber, penso eu, fez algo como que ligar religião e sociedade, ideário e função social de um modo sofisticado. Poucos fizeram a ligação entre idéias e atuação social de grupos de modo tão bom..

Paulo Ghiraldelli Jr.

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