Está frio. Lá fora uma fina nevoa cai como flocos, acinzentando os corações numa rima imaginária, cantando. Mas o canto por deveras é triste. E baixinho vem lembrando uma lamúria. Espanto-a mas, persiste; Entoando a valsa da penúria.
Atrevo-me a rabiscar sonetos como quem canta a felicidade, mas sufocada me perco na saudade. Como o frio, que assola minha porta, assim minh’alma se acinzenta. Estremecida pela hora morta.
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