Simplicíssimo

Noite de São João?

Pra festa junina
Encheu-se de desejo
Tanto treinou a menina
Que foi pra banca do beijo

Brincadeira sem graça
Queria mais emoção
Do outro lado da praça
Trabalhou noutro balcão

Amiga de araque
Da banca levada
Ofereceu crack
Chamou a gurizada

Acordou na sua cama
Com sorriso no rosto
Detalhe sacana
Só lembrava um gosto

O tempo passou
E a barriga cresceu
Coronel desconfiou
Mas ela escondeu

De perna curta a mentira
Teve que confessar
Depois da surra ouvira:
_ Quem fez vai pagar!

Mas foram tantos meninos
Que não sabia dizer
Se era dos grossos ou finos
O que entrou pra nascer

Memória apagada
Restou só um ensejo
De toda a gozada
Havia o gosto de um beijo

O pai fez uma tenda
Divulgou na cidadela
Beijos grátis da prenda
Estória de Cinderela

E foi de boca em boca
Nenhuma do dito cujo
Já estava quase louca
Provou até beiço sujo

E quando o velho pegou no sono
Com o bacamarte na mão
Ela se arretou com um fulano
Deu pra ele ali no chão

E daquelas que bate e fica
O rapaz se apaixonou
Inventou que era sua a pica
Assim que o coronel acordou

Eduardo H. Sabbi e Ibbas Filho

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