Prestes a se jogar, olhava a vista mais uma vez. Ao mesmo tempo seu celular tocava incessantemente. Como atendesse um último pedido feito a si mesmo, pegava o telefone e lia aquela tão esperada mensagem.
Dias depois respondia as perguntas dos jornalistas em uma entrevista coletiva que era exibida ao mundo todo ao vivo:
Como conseguiu o que vários outros tentaram? O presidente estava com uma arma apontada pra própria cabeça há dias. Todos acompanhavam pela TV. Você demorou um pouco pra reaparecer, estava a tarde toda desaparecido, mas também quando entrou em cena resolveu o que parecia não ter solução em instantes. Como explicaria tudo isso?
Com a respiração ainda comprometida pelos momentos de expectativa e com a imagem do rosto de seu amor em sua mente respondia:
—Demorei porque precisava resolver umas besteirinhas antes. E acreditem, se as não tivesse resolvido não estaria aqui falando com vocês, nem muito menos teria salvado o presidente.
—E que besteirinhas eram essas?
—Bem, só importa a uma pessoa saber do que estou falando e com certeza ela, mesmo do outro lado do mundo, entendeu tudo que falei. Então peço a vocês: não me perguntem mais nada, aproveitem a vida, procurem ser amados, e principalmente: amem.
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