Andou pelo parque e pensativo aproveitava cada segundo. Sua cabeça pedia férias mas ao mesmo tempo se movia naquele movimento quase louco. Precisava olhar pros lados a todo momento, não podia vacilar. Aguentou o quanto pôde até a hora certa. Depois disso, pegou a sacola e se encaminhou. Uma semana depois estava ali de novo, cumprindo aquele ritual tão querido. Mas dessa vez já não se achava só. Um raio brilhante de repente encaminhou seu olhar. Acalmava-se e sentia-se bem melhor, encontrava-se então. Sim, esse era mesmo aquele que conhecia tão bem. Depois de um longo tempo matava a saudade. Era interessante como notava-se envolto de tanta expectativa e encantamento. Era como se estivesse voltando no tempo, sentindo aquilo tudo de novo. Não tinha mais seus 16, 17, 18 anos, ainda bem, pensava ele. Sabia agora como dosar aquilo tudo, experimentava o que era bom e tentava se proteger do que não era real. Deixou-se levar pela emoção até que, novamente chegasse a hora de partir. Mas, sabia bem que na próxima semana não poderia estar ali de novo. O que fazer, como suprir aquele momento? Uma quase certeza o animava, teria mais momentos como aquele. Era só procurar, e apenas sentir.Pois de uma forma ou de outra anjos que nem aquele não se encontram aos montes, mas são notados apenas por aqueles que possuem sensibilidade suficiente pra isso.
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