Simplicíssimo

Progresso tecnológico, meio ambiente e qualidade de vida

Atualmente, em virtude do capitalismo, as pessoas confundem qualidade de vida com posse de bens materiais de alta tecnologia e de renome no mercado. Por esses equipamentos desejados serem divulgados como ecologicamente corretos, o consumo aumenta ainda mais, escondendo problemas de maior gravidade.
De onde vem a matéria-prima e o capital para o desenvolvimento desse produto? Há projetos de sustentabilidade legalizados para a obtenção da matéria-prima? Caso seja de origem sintética, como os laboratórios os produzem e que elementos químicos utilizam? Todas essas perguntas deveriam ser feitas ao adquirir qualquer mercadoria, em prol da responsabilidade para com o meio ambiente já tão degradado.
Muitos não se preocupam com as árvores da Amazônia ou os jacarés do Pantanal, nem vêem relação entre estes e a madeira do seu armário ou sua bota de couro reluzente. Não mensuram o impacto que o desmatamento e as caçadas têm nos ecossistemas, na cadeia alimentar. Flora e fauna, intimamente ligadas, são ignoradas em relação ao lucro e à luxúria. Um exemplo é o atual descaso dos Estados Unidos em estabelecer metas para a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera, agravando o efeito estufa: a prioridade são as fábricas, não a saúde da população.
É preciso veicular informações para que a população fique ciente do que está acontecendo na natureza, e sobre como esses fatos influem em seu dia-a-dia. Essas mudanças que a ação antrópica vem realizando podem gerar conseqüências desastrosas para nossa própria espécie. A conscientização é o primeiro passo para o convívio harmônico entre o progresso tecnológico e o meio ambiente.

 

Mariana Barbosa Ferraz Gominho

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