Epilogo

O que sei é que entrei. Não me lembro como exatamente.

Em meados de 2003 (ou antes). E passei a acompanhar um mundo delicioso e diferente. Sério mesmo, não sei bem como o querido Rafael me encontrou no mundo do éter universal, mas me convidou e eu me senti vaidosamente orgulhoso.

Escrevo oficialmente há pelo menos 20 anos. Sempre para mim mesmo. Depois vieram os e-mails de meus textos para os amigos. Depois chegou um blog, depois outro. Depois o Simplicíssimo. Depois a participação em dois livros de crônicas e um de mini-contos.

Aqui conheci o mundo dos mini-contos, das poesias, das sátiras, dos romances, do compromisso social e ecológico, enfim, muito do que só havia ouvido falar. Já fui até onbudsman, quem diria? O que dizer do fim do Simplicíssimo? Nada, oras. Acho que se trata de uma evolução natural dos criadores e editores. Lamentar? Sinto que não. Missão cumprida, com méritos.

Rafael, Edu, Ibbas, Pedroso e tantos que nestes anos nos acompanharam não deixarão de existir. E o simpex não sairá do ar. Matará nossas saudades sempre que tivermos vontade. Despedidas são necessárias. Todos crescemos, evoluímos, ficamos diferentes, adquirimos novos compromissos, e sempre será possível encontrar aqueles que admiramos. Minhas desculpas sinceras pelos compromissos não atendidos. Meu mais que sincero agradecimento aos citados e a todos os envolvidos neste pedaço tão importante de minha vida, por estes anos de pura magia. Magia do crescimento, magia da quebra de preconceitos, magia do respeito.

Rafa, você é um ser humano diferenciado, no melhor sentido do termo, e é hora de teu filho receber sua atenção e dedicação exclusiva. Estaremos por aqui, e iremos querer saber de ti, de teus rumos, de tua felicidade. Grande beijo Simplicíssimo, seguiremos com vocês em nosso coração.

Marcos Claudino, 40 anos, profissional de recursos Humanos, triste, mas feliz.