Simplicíssimo

Não tem problema…

Começou mais um BBB. A audiência está ruim, mas logo eles inventam uma ou outra apelação e o IBOPE sobe de novo. Culpa de alguém? Nem sei, todos e nenhum. Se houvesse uma audiência mais seletiva esses programas não existiriam. Mas se as emissoras proporcionassem uma programação melhor o público poderia se tornar mais seletivo. Lema da Tostines, certo? Mas, não tem problema, eu estou feliz…

Tiraram a CPMF. Mais por motivos políticos do que propriamente pelo bem estar da população. Chegaram novos impostos que, em cascata, atingirão diretamente à própria população. E, pelas contas iniciais, pode ser pior, claro. Culpa de alguém? Nem sei, todos e nenhum. Se houvesse um eleitorado mais interessado os políticos com certeza se preocupariam com suas ações, não só perto das eleições. E se houvessem políticos descentes, a população teria um patamar melhor a se basear, já que é obrigada a votar. Mas, não tem problema, eu estou feliz…

A guerra entre carros e motos em São Paulo se acirra. Para um, o outro não presta, e vice-versa. Está pior, não que já tenha sido muito melhor. Econômica e mais ágil, a motocicleta torna-se excelente alternativa de transporte nas metrópoles. A agilidade dá-se principalmente porque a motocicleta consegue passar entre os carros, com o trânsito parado ou lento. Nesta passagem, invariavelmente, mais cedo ou mais tarde, o condutor leva consigo um ou outro espelho retrovisor. Alto custo ao motorista do automóvel, que fecha o motociclista não permitindo a passagem, muitas vezes ocasionando acidentes. Pronto, realizada a manutenção da guerra. Tostines de novo. Mas, não tem problema, eu estou feliz…

Longe de mim entender e, pior, ter soluções práticas e rápidas aos problemas sociais enfrentados em tempos de alto consumo, produtos e personalidades descartáveis, ter do que ser, pouco valor da vida com qualidade, baixa de valores de caráter, aparência, dinheiro, e tantos e tantos aspectos que, teoricamente nos separariam dos demais animais irracionais. Longe de mim alcançar uma evolução cultural e espiritual capaz de entender o ser humano em seu todo, não mais estaria por aqui. Nada disso tem problema, eu estou feliz…
 
Marcos Claudino, 38 anos, Profissional de Recursos Humanos, casado e feliz. Que seja eterno enquanto dure. E que dure para sempre, mesmo.

Texto publicado em meu blog pessoal no dia 09/01/2008.

Culpa de alguém? Nem sei, todos e nenhum.

Marcos Claudino

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