São Paulo, 30 de maio de 2006.
O PRAZER DO SOFRER
Não sei porque ainda acredito em você. Você me atiça, me excita, me provoca, e eu caio sempre. Tento novamente, para outra vez ganhar meu não. Sempre que recebo sua negativa, prometo a mim mesmo não mais me deixar levar pela sua sensualidade, pela sua intimidação, pelo seu chamego. Mas não, na hora, deixo-me levar, tento novamente, e novamente traio meus princípios baratos, meu caráter fraco.
Você não se dá a mim, mas a outros, distantes e suspeitos. E eu sempre penso que na próxima vez serei o escolhido. E não paro nunca. Já virou vício, doença, patologia crônica. Não há tratamento que me afaste de você.
Fico imaginando como será bela a vida ao seu lado, e caio no mundo do sonho, da realização, da felicidade plena e eterna, enquanto dure… Fico imaginando todos os prazeres que você irá me proporcionar, e outra vez tento.
Não te quero mais, mas não vivo sem você. Prefiro a morte a te perder, mesmo sofrendo tanto…
Esta noite, não sei bem porque, pensei novamente em ti. E tentei novamente. Amanhã você me dará a resposta, espero que finalmente a aceitação.
Se não der, retornarei mais forte na próxima, minha doce e amada mega-sena…
Marcos Claudino
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