O RAP DO MANÉCO…
Maneco não tinha dinheiro. Desesperou, roubou…
Não sabia roubar, manusear, matou…
Nunca havia matado, coitado, escapou…
Mas, em compensação, endoidou…
Sumiu do mundo, moribundo, nauseabundo, renunciou, se entregou…
Foi julgado, condenado, trancafiado, cumpriu…
Duas décadas, impossível ficar indiferente, mudou, transformou, sobreviveu…
Pena cumprida, mais dois crimes na ficha, libertou…
Saiu sem emprego, sem dinheiro, sem família, sem eira nem beira, outra vez roubou…
Pior, após roubar, quis matar, disparou…
A polícia foi chamada, foi atrás, encurralou…
Mais vinte anos, insano, jamais, pensou, atirou…
Troca de tiros, muitos contra um, muitos acertam várias vezes, um cai…
Dinheiro numa das mãos, furos no corpo, sorriso no rosto, da cadeia escapou, descansou…
Marcos Claudino
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