O ministro Gil já se foi, cuidar da vida, dos shows, dos filhos e netos, mas o lema ficou. Podemos mesmo levantar mais dispostos, porque hoje deve estar melhor que ontem, que era melhor que anteontem. Por que? Bem, há sempre bons motivos para animar nossa labuta diária.
Moradores ou transeuntes paulistanos, alegrai-vos. Muita gente, desde que se conhece por gente, convive com o rodízio veicular. Inicialmente visando a diminuição da emissão de poluentes, hoje, mais de uma década de seu surgimento, funciona mais como um redutor do tráfego veicular, o novo câncer social do século. Lógico que, depois de uma lei vigorar, ajustes são efetivados, com base em propostas e motivos avaliados com a maior justiça possível. E assim, desde 1998, decidiu-se pela liberação dos médicos da obediência ao rodízio. Creio que pouco necessitaria explicação, mas, se é pra haver exceções, que os profissionais da vida a usufruam, com nosso aval.
Agora transita em fase final de aprovação em nossa Câmara Municipal o projeto de liberação da obediência ao rodízio veicular pelos advogados. Primeiramente seria mais justo separarmos da efetiva iniciativa, a rejeição social à profissão, meio que natural da parte de todos, menos dos próprios, lógico. E as defesas e ataques existem, aumentam, esquentam, e ebulem, à revelia. Mas já que estamos aqui para opinar, cabe ao proprietário deste pedaço de espaço virtual emitir a sua ótica. Minha ótica é: não uso óculos, não tenho ótica… rsrsrs… Não percam o lançamento do blog: piadas sem graça do MC…
Enfim, voltemos. Há casos e há casos. Estaríamos mesmo necessitando da liberação de mais uma categoria profissional, ou precisaríamos de um órgão competente e mais justo de análise dos recursos de autuações? Porque hoje sabemos que, não importa o motivo, pouquíssimos são os casos de deferimento de um recurso de multa. Seria porque o número de funcionários neste setor é deficitário? Seria porque esses mesmos poucos não têm competência para tal avaliação? Não sabemos exatamente, mas temo a liberação de qualquer uma, inclusive dos médicos, porque daqui a pouco, eu e você, com alguma representatividade, elegeremos nossos motivos como liberadores, e em pouco tempo a lei será aplicada apenas aos poucos excluídos, como na maioria das vezes acaba mesmo acontecendo. E como o pobre dificilmente tem carro, o rodízio veicular acabará por transformar-se numa lei em funcionamento sem qualquer efeito prático. Recursos às exceções, corretamente analisados, balizados em regras específicas, justas, decentes. Seria possível? Serei voto vencido, já sei. Porque os vereadores agradarão aos que interessa no momento, visto os mesmos não se preocuparem, cobrindo a placa dos próprios veículos com um brasão que gera muito respeito e distração das câmeras de fiscalização.
Falando em vereadores, mais um bom motivo para o dia nascer feliz. Aumenta de 51 para 58 mil o número de vereadores no Brasil. A partir da próxima eleição, estaremos dando emprego, salário e mordomia a mais de 6 mil representantes. Está em fase final de aprovação no senado, devendo ainda depois ser sancionada pelo presidente Molusco, a Lula Falante. E isso me deixa feliz. A você não? Ora, amigo, mais pessoas interessadas em defende-lo, representa-lo, brigar pelos seus direitos, morrer por você, se preciso for. Nem que seja de tanto rir… Mas, enfim, sempre podemos fazer alguma coisa, desde que nos interessemos realmente pelas coisas.
E de que adiantaria ficar aqui tomando seu tempo pensando nessas coisas sem sentido, se o importante mesmo é que agora o Ronaldo é da Fiel? E quantas tristezas seriam necessárias para fazer-me esquecer a morte do Marcelo da Silva, ex-marido da Suzana, a loira gorda-magra-gorda-de-novo? As drogas, a pedofilia, as traições e a dor da globete não me abandonam facilmente.
Apenas num momento, um raro momento, um daqueles mais raros que a passagem do cometa, ver um sapato voar em direção ao homem mais foderoso do mundo, faz-me pensar que no fundo no fundo somos apenas isso. Um alvo para o próximo sapato, quiçá certeiro, com a única finalidade de lembrar-nos de que somos apenas humanos, que comem, cagam, transam, erram, amam e odeiam, indistintamente.
Marcos Claudino, 39 anos, ficando velho e acabado, mas desencanado…
Comente!