Simplicíssimo

Amor no arraial

Maria José chegou até perder o sono. Não sabia dizer o porquê. O coração palpitava por alguém, ou seria por alguma coisa?
Mal sabia que o coração tem razões que a própria razão desconhece. Ele pressente as emoções, como se preparasse para não ter surpresas bruscas. Ele cultiva o terreno para quem sabe escuta-lo.
Chegou o dia da festa. A cidade só pensa numa coisa: no São João. Assim acontece em todo o nordeste. Não há casa em que não se prepare para a festa. Muitos quitutes, bandeirinhas coloridas, música de forró e produção caprichada. Chita colorida, rendas e mais rendas.
As luzes do arraial se acendem e a música anuncia o início da festa. As pessoas começam a chegar em bandos. Chegam ônibus de turistas do Brasil inteiro. Chegam brancos, morenos e amarelos. O coração de Maria estava comprimido, a boca seca e as mãos úmidas.
 

Terezinha Pasqualotto

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