Simplicíssimo

Duzentas

Duzentos. Cinquenta vezes quatro. Ou quatro vezes cinquenta. A ordem dos fatores não altera o produto. Depende.

E aí cem vezes dois. Ou duas vezes cem. Duzentos vezes um, e vice-versa. Mas não acabou.

Quarenta vezes cinco, cinco vezes quarenta. Acabou?

Duzentos. Duzentas! Eu contei: duzentas.

Duzentas vezes eu disse "eu te amo", só para você. Duzentas vezes.

Não foram duzentos dias, ou duzentos meses. Duzentos anos seria impossível, duzentos meses não foi possível. Mas também não foram apenas duzentos dias.

Quer saber quantos foram? Não digo.

Mas duzentas vezes eu disse te amar.

Todas elas com sinceridade e amor. Todas elas de coração, de alma. Não cheguei a conhecer a tua. Você não deixou.

Você não deixou que fossem duzentos meses. Tudo o que você mal deixou foi eu dizer duzentas vezes "eu te amo".

Cento e noventa e nove vezes você respondeu "eu também". Tudo bem.

Mas também não te deixo mais dizer "eu também" a mais ninguém. Nem mais nada.

Fiz questão de contar:

duzentas facadas em teu peito aberto.

Rafael Rodrigues

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