Simplicíssimo

Não dá (Estamos em guerra)

  Não dá.   Não dá mais pra deixar tudo como está. Algo precisa ser feito, for God’s sake! É revoltante assistir a notícias como as deste último domingo, 14 de maio de 2006, dia das mães. Desde sábado, dia 13, bandidos realizam ataques a policiais (dezenas foram assassinados) e organizam rebeliões em presídios (dezenas de inocentes que foram fazer visitas aos marginais ordinários são mantidas como reféns).   Eu não posso fazer nada. Você também não. A não ser que o caro leitor seja um homem da lei (um juiz ou um desembargador) ou um homem do povo (um governador ou um ministro ou um senador ou um prefeito ou um vereador, quem sabe). O presidente certamente o caro leitor não é.   Certamente também o caro leitor não é o pré-candidato à presidência da República Geraldo Alckmin, que afirmou ser necessário um plano coeso para a redução de crimes e ataques como esses. Só não entendo por que é que o Geraldinho não pensou nisso enquanto estava sentadinho em sua cadeirinha de governador do estado de São Paulo, onde um grande número de policiais foi morto.   Mas eu não vou aqui ficar criticando ninguém. Só foi o Geraldinho mesmo.   O caso é que não dá mais pra ficar se revoltando com esse tipo de coisa. Fatos como esses não deveriam acontecer. O crime organizado no Brasil é mais competente que nossas autoridades! Como isso é possível? É óbvio que existem mentes inteligentes por trás dessas organizações maléficas. Mas será que o número de gênios do mal é maior que o dos intelectuais do bem?   Ou estes últimos são preguiçosos demais para pensar numa maneira de se resolver isso e tomar alguma atitude?    De que adianta a CNBB divulgar uma nota em repúdio à violência? Querem notas em repúdio à violência? Eu escrevo quinhentas.   De que adianta a indignação? De que adianta dar uma bandeira do Brasil às mães que choraram a morte dos filhos em pleno dia das mães?    Essas mães têm raiva do Brasil. Foi o Brasil que matou seus filhos.   O que resta a fazer é esse mesmo Brasil matar quem matou os filhos das pobres e inconsoláveis mães.   Sim, meus caros. Situações extremas exigem medidas extremas. Não há política econômica-social-educacional que resolva o nosso problema. Estamos em guerra. E uma guerra só se dá por terminada quando um dos lados se entrega, ou quando um deles perde mais vidas que o outro.   Estamos em guerra. Acredite. O Edney Silvestre, repórter da Rede Globo, falou no Fantástico deste último dia 14 de maio de 2006, dia das mães, que em uma cidade do Oriente Médio na qual houve um ataque terrorista, 32 pessoas morreram.   Em uma ação organizada por criminosos no Brasil, mais de 50 pessoas foram mortas, entre policiais, bandidos e inocentes. Oriente Médio pra gente é piada.   Bandido bom é bandido morto. Mas pena de morte no Brasil seria uma palhaçada. Tem muita gente sensível e boazinha que com certeza tentaria impedir as execuções. Não dá pra implantar a pena de morte aqui.    Bom mesmo seria juntar esses indivíduos todos que estão presos – não os ladrões de galinha, ou aqueles que cometeram pequenos delitos. Estou falando de traficantes, assassinos, estupradores. Todos os que já estão atrás das grades seriam levados a uma prisão no meio do oceano, de onde ninguém teria chance de sair com vida. Uma espécie de “Lost”, aquela série americana que está fazendo o maior sucesso na tv. Ficariam todos lá e morreriam de fome depois de algum tempo.   Não é crueldade. Não é maluquice. Crueldade é o que eles fazem. Maluquice é deixar essa bandidagem viva, positiva e operante.   Não dá pra sentir pena de pessoas que matam inocentes. Não dá pra sentir pena de pessoas que mantém inocentes como reféns.    Não dá mais pra deixar bandidos desse calibre vivos.    Não dá pra ficar achando que matá-los não é sensato. Trata-se de ser o certo a fazer. 

Rafael Rodrigues

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