Seleção brasileira: um fiasco previsível. A frase simboliza o fraco desempenho da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo de 2006. Quando o mundo a apontava como forte candidata ao título, eis que na prática o time não passou de uma piada, uma grande mentira, mais parecendo um 'circo mambembe' ou um arrumado de última hora. Todos falharam e ninguém pode se eximir de responsabilidade, mas é inegável que o comando técnico cometeu erros imperdoáveis. Parreira teimosamente escalou o time errado e os jogadores demonstraram falta de personalidade, de brio e respeito para com a sua Pátria. Não se impuseram como jogadores e homens que são. Mais uma vez o povo brasileiro deixou-se levar pela paixão desenfreada. O amor aponta caminhos, a paixão cega…
Não é apenas falta de respeito ou de responsabilidade. O problema é mais profundo e sério. Para falar da importância de uma seleção que representa um país, é preciso considerar alguns pressupostos tais como: comissão técnica séria e responsável, formação de um grupo de jogadores jovens que possuam talento, coragem de ousar e respeito à camisa que vestem. Nesta Copa do Mundo de 2006 o Brasil representou uma caricatura nada original de um propalado selecionado que chegou à Alemanha com a falsa impressão de que seria o campeão por antecipação.
Diante dessa realidade é necessária uma faxina geral para permitir o surgimento de uma nova geração de jogadores que possa representar o Brasil com o devido destaque de que é merecedor. A partir de agora todos deveriam cerrar fileiras visando buscar novos critérios para a convocação das futuras formações da seleção brasileira de futebol. Entendo que será preciso excluir definitivamente da direção figuras como as do presidente da CBF, toda a comissão técnica e grande parte desses atletas que se portaram como meros mercenários. É indispensável realizar uma profunda limpeza em nosso futebol, porque na cabeça do torcedor já estão todos sepultados.
* Luiz Maia é autor dos livros "Veredas de uma vida", "Sem limites para amar" e "Cânticos".
– Edições Bagaço – Recife/PE.
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