Minha visão sobre o preconceito
Por Luiz Maia
Venho falar um pouco sobre o preconceito desenvolvido contra os portadores de algum tipo de deficiência. Existe, por um lado, muita desinformação sobre a realidade dos deficientes. Há na verdade ignorância por todos os lados. Da mesma forma, muita surperproteção por parte de parentes que confundem às vezes limitação com inabilidade ou limitação com incompetência. E, na outra ponta da verdade, muita carência aliada à susceptibilidade mal trabalhada de alguns deficientes. Ou baixa auto-estima produzida pela visão errônea de querer comparar-se com padrões estabelecidos que servem apenas a interesses menores, em lugar de buscar para si valores que são construídos com determinação e perseverança.
É aquilo a que chamo de estigma da cultura da não aceitação das diferenças. Preconceitos existirão sempre. Esse fato só colabora para que muitos vejam no deficiente um incapaz, um coitadinho. É um absurdo vermos indivíduos agindo assim. O pior é quando o próprio deficiente não se aceita como tal. Nesse caso ele passa a viver sua vida conforme a visão que os outros têm dele. Em outras palavras, ele esquece de viver a sua vida. Não pode nem deve ser assim.
Recife, 18 de agosto de 2005
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